os quatro elementos da natureza os quatro pilares da sabedoria os quatro atributos do corpo os quatro cavaleiros do apocalipse

11.4.12

joão

em santiago de compostela,

depois de meia hora a correr feito doido pelos declives brutais dos edifícios da cidade da cultura, ainda sem ter caído e portanto ainda com os dentes todos, chamo-o para a minha beira,

joão, anda cá. olha para esta parte do monte. vês como está cheia de socalcos?
sim.
hummm, espera lá , sabes o que são socalcos?
não.
bom, socalcos, socalcos, são estas plataformas, estes degraus na rocha. vês como é irregular, não é nada lisa.
pois.
bom, e agora olha para a fachada, eh, para a parede do edifício. vês como apesar de ser toda em vidro, também não é lisa, tem degraus, tipo socalcos.
sim.
a ideia do arquitecto que desenhou isto é mesma essa, imitar o aspecto do monte para o edifício ficar bem na paisagem.

num espaço de 1 ou 2 segundos, aprecio enquanto olha para o edifício e depois para o monte e finalmente para mim, e diz com ar seco,
achas tu,
imediatamente antes de virar costas e ir correr mais um bocado.

10.4.12

rita...

em casa dos avós, em conversa com a ana e a amélia

anda lá, rita, são horas de ir embora.
mas eu quero lanchar.
não, lanchas em casa, anda lá.
mas só um iogurtinho...

a amélia abre o frigorífico e todas espreitam lá para dentro e a ana diz,
olha, rita, só há iogurtes naturais. vamos lá para casa e quando chegarmos comes um com sabor a fruta.
não, quero comer já.
rita, vamos ver se nos entendemos. o iogurte é natural, não sabe a nada, ok? e se comeres aqui não comes depois em casa. percebeste?
sim, mãe.
tens a certeza?
sim.

pausa um breve momento e espera que a amélia abra o iogurte e diz,
avó, vai-me buscar uma colher de doce para pôr aqui...
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