os quatro elementos da natureza os quatro pilares da sabedoria os quatro atributos do corpo os quatro cavaleiros do apocalipse

8.5.12

em aveiro...

encostado à porta do café que fica quase por baixo do consultório, perna apoiada na parede, o olhar ora para a esquerda ora para a direita, tentando abarcar toda a lourenço peixinho e esperando há meia hora pelo meu irmão que só ia demorar 5 minutos. reparo ao fundo da rua num tipo com aspecto de armário, baixo e entroncado, e à medida que ele se aproxima vou notando que não parece tirar os olhos de mim e estou nisto meio na dúvida entre a intuição e a paranóia, certo de que o tipo ou me assalta ou seguramente me pede moedas ou cigarros ou vai daí se calhar nem me viu. quando vai a passar por mim abranda e desta vez os nossos olhares cruzam-se, mas o tipo passa sem mais novidade e parece ir seguir o seu caminho quando se vira meio indeciso e pergunta entredentes com voz rouca, ioureloste, e eu demoro 1 ou 2 segundos a perceber e sem reacção só consigo esboçar um leve sorriso e um tímido encolher de ombros à medida que abano negativamente a cabeça.
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