os quatro elementos da natureza os quatro pilares da sabedoria os quatro atributos do corpo os quatro cavaleiros do apocalipse

31.8.06

o (Out)dependente


Não tendo conseguido encontrar um novo investidor, oIndependente sai amanhã pela última vez. O jornal que chegou a ser referência de uma geração, foi lançado pela primeira vez em 1988, sob a direcção de Miguel Esteves Cardoso, e chegou a vender perto de 100 mil exemplares, no início da década de 90.

Embora, este seja o desencadear lógico das leis de mercado, assentes em permissas em que a qualidade é quase sempre relegada para um plano inferior; não posso deixar de fazer notar que O Independente já há muito se encontrava moribundo, quase que a pedir a eutanásia.

Who Killed The Newspaper?

Outro artigo que recomendo do The Economist. É interessante verificar que as dificuldades por que passam alguns títulos nacionais (por exemplo o Público) tem raízes semelhantes às de muitas outras publicações internacionais.

29.8.06



...porque às vezes os líquidos não obedecem às leis da natureza e não se limitam a descer no sentido do plano inclinado. Às vezes, mas só às vezes, outras forças mandam mais.

Por exemplo, a electricidade estática à superfície da epiderme, ou a orientação dos folículos que são o casulo onde moram os pêlos. Pode até, o causador da irregularidade, ser um músculo que se contrai num dado momento mais ou menos inesperado ou até um simples arrepio, mesmo que leve, mesmo que muito breve.

Às vezes, poucas ou nenhumas vezes, os líquidos fartam-se da previsibilidade do seu comportamento, não por causas que a física, a dinâmica ou outras ciências humanas possam explicar mas apenas e só porque sim. Porque até uma gota de água tem direito a ter um simples momento de espontaneidade, mera satisfação de um capricho ou vontade.

28.8.06

m.a.s.L.*


*movimento de apoio à subida do Leixões.

por causa dos ataques elitistas, respostas acéfalas, certezas prepotentes e incontinências verbais entre dois dos clubes envolvidos, parece-me que é o Grande Leixões que, por decreto de lei aprovado em conselho de ministros, deveria jogar entre os maiores. A humildade e a educação dos "senhores dos mares", mostra de facto, quem sabe estar no futebol.

Filosofia de Verão, na praia.

Não há nada mais ridículo que um homem a jogar futebol de tanga.

27.8.06

Rentré...


... após um Verão escaldante e farto!

20.8.06

simplesmente V.B.


É só,... o jogador no activo com mais títulos ganhos, entre os quais se contam a liga dos Campeões, Taça das Taças, Taça UEFA e Taça Intercontinental ( e desde ontem, mais uma super-taça portuguesa). Icôn de uma geração. Jogando sempre ao mais alto nível, nunca se deixou deslumbrar com os títulos, fama ou dinheiro, tendo inclusivamente criado uma fundação com preocupações filantrópicas.

Aos mais diversos ataques que foi sofrendo ao longo da sua Longa carreira, orquestrados, quer por teóricos complexados e invejosos, quer por colegas (e selecionador) eticamente desonestos; respondeu sempre com educação, desportivismo e sobretudo elegância. Atitude que só está ao alcance de um verdadeiro Campeão, dentro e fora dos relvados.

Agora, comparar o Grande VÍTOR BAÍA com um outro guarda-redes português que tem o cognome de "labregas"; parece-me que é estar a confundir a obra prima do mestre com a prima do mestre de obras.

15.8.06

Wolve Domus Projectum



uns, tentam fugir da Agonia de Nossa Senhora, em terras da filigrana, rendas e bolas (de berlim) do Natário, preparando-se para rumar ao sul e encalhar durante 7 marés vazas numa poética casa de um Capitão;

outros, partem para norte em busca dos inacreditáveis tons da aurora bureal, entre fiordes e cardumes de bacalhaus;

há ainda os que ficam por cá a lamentarem-se de continuar por cá. Mas esses, que também hão de partir para outras latitudes, desejam-vos umas GRANDES FÉRIAS.

- Wolve, esta foto-montagem é só para ficarem com uma ideia. Foi feita ao som da "banda Eva" ?!?! . ABRAÇO.




14.8.06

Nem de propósito...

Lembrando-me de uma frase do post anterior...
Detesto ter razão nestes assuntos... Revolta-me este desperdiçar de valores!...

10.8.06

Sobre o Sucessor...

Continuando no tema Futebol Clube do Porto, hoje já vi nomes como Carlos Queiroz, Pekerman e Camacho serem sugeridos.

Há dois anos atrás eu era já da opinião que sou agora e nada do que se passou me fez mudar a ideia de que, como já é tarde para experiências, o sucessor deve ser português ou então alguém que venha seguindo o nosso campeonato bem de perto e conheça bem os jogadores que integram o plantel azul e branco! Não há tempo para testes. Um treinador estrangeiro conceituado mas que não conheça bem os nossos jogadores vai cometer muitos erros antes de acertar como fez este senhor holandês que acaba de nos deixar. E é um crime fazer o que este senhor fez com o Diego e o Hugo Almeida para não citar outros exemplos. O património do clube foi lesado e não foi pouco!

Posso estar enganado, mas penso que há um treinador que um dia passará pelo FCP e sobre o qual tenho boas expectativas: Carlos Brito.

9.8.06

Só podia!

Afinal a coisa tinha mesmo esturrado!

COMUNICADO

O Senhor Jacobus Adriaanse, principal treinador da equipa sénior, apresentou, nesta quarta–feira de manhã, a sua demissão à F.C. Porto – Futebol, SAD, tendo já se despedido, pessoalmente, de cada um dos jogadores e, em consequência, não ministrou – nem o próprio nem qualquer um dos seus adjuntos – o treino desta manhã, decidindo, igualmente, não acompanhar a equipa na sua deslocação a Inglaterra, onde o F.C. Porto tem agendados diversos treinos e jogos.

Porto, 09 de Agosto de 2006.

A Administração F.C. Porto – Futebol, SAD

Espero não estar a ver o mesmo filme que vi há duas épocas atrás...

Is the world flat?

"...
The big disruption
The argument goes like this: More and more parts of the world are getting the infrastructure that allows them to become part of the always-on world.
China, for example, already has more mobile phones than there are people in the United States and in four years, says Mr Gates, the country will have more broadband connections than there are US households. Combine this connectivity with good transport links and productivity soars in places like India, Brazil and Russia. More importantly, though, one billion people suddenly join the global workforce. BT boss Ben Verwaayen explains the impact: "Something profound has happened over the past three years, as disruptive as the invention of the steam engine." "For the first time", he says, "you don't need physical proximity for a joined up company." Or as Bill Gates puts it: It doesn't matter whether you sit in Boston, Beijing or Bangalore, if you are smart you can now compete directly with the rest of the world "on a level playing field" - in a world that is flat. It obviously works for Microsoft. The Beijing research lab is one of the company's most productive, says Mr Gates. When he recently met his firm's ten best-performing employees, he says half-jokingly, nine of them "had names I couldn't pronounce".

Losing four million jobs
In this flat world, it doesn't matter whether your accountant sits in Marlborough or Mumbai, and whether your customer care centre is based near Sausalito or Soweto. Your factory's supply chain is fully integrated, and stretches from Shenzhen and Chennai to Central Europe.
It makes for lean, efficient companies. It drives down cost, improves profits and keeps inflation low. But it also means that many workers are losing their jobs. "In Europe we could run out of jobs, and those that still have jobs will have to take care of an ageing population, says Stefan Delacher, a director with Thiel Logistics, which specialises in organising global supply chains. David Arkless of Manpower predicts that four million people will see their jobs transferred over the next five years.

Search for solutions
"On a macro level," says BT's Ben Verwaayen, "it is easy to see the win-win." But if your job goes overseas it is difficult to be positive, he warns.
The fate of the victims of globalisation worried many Davos participants.
"How can workers in the West hang on to their jobs?" was a much debated question. Be flexible and don't specialise too much, said Jagdish Bhagwati of Columbia University. Health and pensions systems should not be set up so that workers find it difficult to change employers, he added.
Others said lifelong learning could be the answer. Make your job, your work, your knowledge ever more valuable. But obviously Chinese and Indian workers are doing just the same. It's wrong to tell people that going to university will guarantee them a job, says Adair Turner, the chairman of the UK's low pay and pensions commissions, because the technology sector simply won't offer that many jobs. "Everything that can be automated will be automated," he predicts. "Already we only create jobs that are face-to-face... in hospitality, retail, tourism, healthcare," says Mr Turner. Chris Dedicoat of technology giant Cisco echoes the argument and says: "The stigma of vocational training has to be removed if the economies of Europe want to have jobs for all".

Don't panic
So should we all become nurses, plumbers and hair dressers?
Not really. Some of India's and China's cost advantages are disappearing already. It is now more expensive to employ an engineer in Shanghai than in Slovakia. In Indian call centres, says Jean-Herve Jenn of outsourcing specialist Convergys, wages are rising by 15-20% a year. This is not the time to panic, says Mr Gates. "Change will not be cataclysmic... it will not happen that fast." Remember the 1980s, he says, when everybody was worried about Japan. But it was the United States that made the running in the 1990s.

Two billion new customers
We have to realise that globalisation is both a challenge and an opportunity, says Jean-Herve Jenn. There may be an extra one billion workers, but they come with a new market of 2.3 billion consumers in Brazil, Russia, India and China alone. The biggest surprise, says Mr Gates, is what globalisation has done for poverty reduction in China. Already China's and India's middle classes form a larger market than the population of the United States, argues Mr Jenn.
And the wealth is spreading. In India, says the New York Times' Tom Friedman, there are tech islands in a sea of poverty. "In a two hour drive out of Bangalore, one travels back 12 centuries," he says. But only a few years back, he says, "it took just 15 minutes." The non-flat parts of the world are getting smaller."

Extracted from "Why Bill Gates believes the world is flat" in BBC News

7.8.06

A tradição já não é o que era...

Onde pára o clube onde só havia um discurso???

O treinador vaidoso diz isto... E o patrão diz isto...

O Pintinho de outros tempos não admitia este tipo de coisas... Cheira-me a esturro...

Uma ideia perigosa.

Agosto. Dá ideia que toda a gente ou está de férias ou está em regime de serviços mínimos ansiosamente à espera das ditas. Nesta morrinha leve, no meio do estupor causado pelo calor, rodeado por incêndios e entretido com os dias passados à beira-mar, o país lá vai andando meio anestesiado.
Na blogosfera o cenário repete-se. Escreve-se menos, comenta-se menos, já não há grande pachorra para polémicas ou debates. Mesmo assim, e enquanto não vou de férias, não posso deixar de comentar a recente notícia de que há uma empresa (irlandesa?) que nos seus anúncios de recrutamento avisa explicitamente que os fumadores escusam de responder. Segundo o seu gerente (dono?), fumar constitui um acto idiota revelador da estupidez do praticante, e como ele obviamente não quer empregar pessoas estúpidas, nada mais lógico que excluir à partida os fumadores.
Perante este flagrante caso de discriminação, a sempre atenta e por demais importante comissão europeia, liderada pelo sempre atento e por demais importante José Manuel Barroso, foi chamada a pronunciar-se e declarou que não há na legislação comunitária nada que impeça esta tomada de posição. Se a questão fosse excluir com base em raça, idade, religião, sexo e outras que tais, aí sim, aqui d'el rei que a dita empresa iria sentir a pesada mão da comissão, mas em relação ao acto de fumar a omissão na lei representa na prática uma autorização.
Ora eu, que não fumo e que até concordo com as restrições relativas ao tabaco nos locais de trabalho e nos espaços fechados como medida de promoção da saúde pública, acho que é necessário tomar uma posição forte contra este modus operandi, que até pode ser legal mas que representa uma escandalosa intromissão na esfera pessoal de cada um. O exagero do politicamente correcto, a busca do homem perfeito, liberto de vícios e pecados, não nos pode conduzir a uma sociedade saudável, muito pelo contrário. As tentativas de formatação, de homogeneização dos indíviduos, de selecção de características julgadas ideais por alguns iluminados, tiveram sempre resultados trágicos. Se deixamos passar hoje a questão do tabaco nestes moldes, o que virá a seguir?
Cada vez mais, big brother is watching you...

3.8.06

perspectivas esquinadas


"... uma lei imutável do trabalho: quando há muitas pessoas que querem e são capazes de fazer um trabalho, esse trabalho, geralmente, não é bem pago. Este é um entre quatro factores significativos que determinam o salário. Os outros são as capacidades específicas (as competências) que um trabalho requer, as características desagradáveis do trabalho e a procura a que o trabalho responde.
O equilíbrio delicado entre estes factores ajuda a explicar por que é que, por exemplo, uma prostituta ganha, geralmente, mais que um arquitecto. Pode pensar-se que não devia ser assim. O arquitecto pode ser considerado mais qualificado (tal como a palavra é normalmente definida) e com um grau mais elevado de educação (mais uma vez, como normalmente se define esse atributo). Mas as miúdas pequenas não têm, em geral, o sonho de vir a ser prostitutas; por isso, a oferta de prostitutas potenciais é relativamente baixa. As suas competências, embora não se possa necessariamente dizer que são "especializadas", são postas em prática num contexto muito especializado. O trabalho é desagradável e pouco atractivo, pelo menos sob dois aspectos significativos: a probabilidade de serem vítimas de violência e a oportunidade perdida de ter uma vida familiar estável. E o que é que acontece quanto à procura? Basta dizer que é mais provável um arquitecto contratar uma prostituta do que o contrário."

in Freakonomics - Steven D. Lewis; Stephen J. Dubner

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