Há coisas que me ultrapassam. Várias e em múltiplas áreas do saber e do viver. Dito isto, e depois de dar esta extraordinária prova de humildade pessoal, devo acrescentar que há um tema em que sou assim a modos que um portento de conhecimento. Muitos de vocês estarão certamente a pensar bom lá vai este gajo falar de mulheres e surpreender-nos com pérolas de incalculável valor sobre os negros segredos da psique feminina, mas apesar de também envolver altos níveis de testosterona o assunto é outro: futebol. Dizem por aí que Mozart começou a compôr minuetos para cravo com a idade de cinco anos e dizem por aí que Beethoven criou as suas primeiras peças aos 11. Pois bem, para terem uma pequena ideia da minha genial precocidade eu comecei a ver, digo apreciar, digo estudar o jogo da bola com aproximadamente 18 meses. Segundo a minha mãe, desde que estivesse a dar um jogo bastava entalar-me no sofá à frente da televisão devidamente emparedado com almofadas de segurança e isso era garantia de hora e meia de tranquilidade. Numa progressão quase exponencial e claramente demonstrativa dum talento raro e quiçá mesmo único, comecei a ir ao estádio (às Antas, carago! ) com a nada provecta idade de 3 aninhos, e a isto diga-se porra que é mesmo assombroso se nos lembrarmos que há miúdos desta idade cuja principal ocupação é comer o próprio ranho.
Não querendo fastidiar-vos mais ainda com outros relevantes dados deste curriculum de esdrúxula qualidade, resumirei a coisa dizendo que a compreensão enciclopédica que possuo acerca do futebol não resulta de anos de estudo ou aplicação mas sim duma propensão inata que faz com que armazene sem esforço todo e qualquer dado relativo ao tema. Tipo o Dustin Hoffman no Rain Man quando sabia de cor a lista telefónica ou adivinhava quantos palitos tinham caído ao chão.
Todo este paleio para enquadrar a minha visão sobre o assunto mais interessante do momento, que podia muito bem ser as eleições no Zimbabwe ou os elogios de Jaime Gama a Alberto João Jardim ou aquela cena patético-histérica do dá-me-o-telemóvel-já-e-sai-da-frente-ò-fanchona, mas que para minha tristeza é mesmo a saga da corrupção tentada mas não concretizada com que a Liga se prepara para tirar 6 pontos ao FCP.
Como depois de aqui chegado a fina ironia com que vos mimosiei anteriormente murchou como pétala de flor no Outono, é já falando a sério que deixo dito para a posteridade que aquilo que alguns administradores andam por aí a sussurar e que o Lobo Xavier concretizou de viva voz é pura e simplesmente inaceitável e digna dum calculismo que fede a cobardia. Falemos claro que esta merda não é para brincadeiras. Estou-me bem a cagar se eventualmente nos tiram os pontos agora ou no fim desta época ou no iníco da próxima ou no natal do ano que vem. Até podiam mandar-nos para a 2ª liga e declarar em edital debruado a vermelho que os títulos nos são retirados. Isso é acessório. Aceitar esta penalização mudos e quietos é igual a assumir a culpa. É dar razão à tese do Sistema e é conspurcar a memória de todas as conquistas das últimas décadas (independentemente do mérito e da genialidade dos jogadores e treinadores nelas envolvidos). Aplique-se a sabedoria popular. Quem cala consente. Quem não se sente não é filho de boa gente. Quem muito se abaixa, o cu se lhe vê.
Ou o clube se defende até ao fim do que diz ser um processo injusto, falso e persecutório ou só resta ao Pinto da Costa demitir-se, independentemente de ser culpado ou inocente.
os quatro elementos da natureza os quatro pilares da sabedoria os quatro atributos do corpo os quatro cavaleiros do apocalipse
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1 comentário:
Apesar de:
-não ter sido tão precoce...
-para o ano só se apurar uma equipa directamente para a fase de grupos da Liga dos Campeões...
Não podia estar mais de acordo!
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