os quatro elementos da natureza os quatro pilares da sabedoria os quatro atributos do corpo os quatro cavaleiros do apocalipse

12.2.07

Brilhante, como sempre...

Confesso que já tinha algumas saudades dos dislates do genial analista político Luís Delgado, que se tem mostrado notoriamente tristonho e apagado desde que o seu herói preferido caiu com fabuloso estrondo do impensável pedestal que atingiu.
Certamente saudoso dos tempos em que defender Santana contra tudo, contra todos e inclusivamente contra a própria evidência lhe era suficiente para garantir o epíteto de homem de convicções, LD viu surgir nova oportunidade neste day after do referendo e com um contorcionismo de fazer inveja àqueles artistas de circo chineses que parecem invertebrados e uma sagacidade só ao alcance dos génios póstumos, vem defender que o facto do acto não ter sido vinculativo deve vincular o governo e o PM impedindo-os de alterar a lei.
Leitura confusa da realidade? Nem por sombras.
Imparável, LD adivinha com dotes de cigana de bola de cristal uma futura guerra entre partidos e aponta confiantemente o dedo ao Presidente da República e ao Tribunal Constitucional como garantes últimos que irão sem dúvida impedir o ímpeto de "pensamento totalitário e de extraordinária falta de respeito pelos portugueses" que ele vislumbra na intenção do governo em mexer na lei. Pouco importa que a maioria dos eleitores votantes concorde com a despenalização ou que a Assembleia tenha legitimidade jurídica e política para legislar ou que haja um consenso generalizado e histórico acerca do respeito pelos resultados dos referendos. Mesmo assim, Delgado prefere alinhar com os sectores ultra conservadores do CDS e com alguns infelizes protagonistas de movimentos do não. Se fosse importante seria grave, assim é só ridículo.

1 comentário:

Spider-man disse...

Como diria o professor Chibanga: Esse tipo é.... Estúúúúúpido!

Questiono-me porque foram então votar os adeptos do "não"?!? Pela lógica deste visionário, teria sido o ideal pois nesse cenário é que o referendo não era mesmo "nada vinculativo" (se é que o carácter vinculativo se pode medir. Deste, espero tudo!)...

Se calhar dava muito nas vistas e não era politicamente correcto apelar à abstensão...

Só lamento que este país que se diz moderno tenha os cadernos eleitorais tão desactualizados que o erro possa ser de 5% a 10%!... O suficiente para este génio ter tido menos uma saída ridícula no currículum...

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