Nada contribui tanto para a boa imagem de um político como actuar decididamente, de preferência de forma real mas se for bem ficcionada também serve, contra alguns inimigos escolhidos a dedo.
Rui Rio afronta o "mito" Pinto da Costa? Pois imediatamente assegura de forma vitalícia o qualificativo de homem sério, determinado e incorruptível.
Marques Mendes afasta Valentim e Isaltino? Eis que surge como bastião moral e referência ética de uma nova forma de estar na política.
Mas talvez o melhor exemplo desta estratégia, tanto pela eficácia como pela longevidade conseguida, venha de Alberto João Jardim e da forma como nas últimas 3 décadas se conseguiu afirmar junto dos madeirenses sempre contra o "colonialismo do continente". Beneficiou é certo da passividade calculada dos diferentes primeiros-ministros e presidentes, pouco interessados em baixar o nível e em comprar guerras de consequências imprevisíveis. Já com José Sócrates como PM esta estratégia voltou a dar frutos (leia-se uma nova maioria absoluta) a Jardim, mas a novidade é que pela 1ª vez temos um primeiro ministro que não tem medo de afrontar o líder madeirense. Talvez seja menos por convicção e mais na busca de capitalizar eleitoralmente a situação, mas as polémicas com AJJ (desde a lei das finanças regionais a esta embrulhada da IVG) são para Sócrates uma forma muito eficaz e relativamente fácil de consolidar uma fama de político duro, reformista e intransigente. Como quase ninguém no continente tem paciência para AJJ, muita gente aprecia ver que finalmente alguém está disposto a fazer-lhe frente. E isto vale votos.
Quanto à lei da IVG, depois da entrevista de ontem do PM e depois da resposta de hoje de AJJ (ainda para mais naqueles termos...) a conclusão óbvia é que Cavaco tem que parar de assobiar para o ar e fazer aquilo que jurou fazer, nomeadamente defender a Constituição e a aplicação das leis da República.
os quatro elementos da natureza os quatro pilares da sabedoria os quatro atributos do corpo os quatro cavaleiros do apocalipse
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1 comentário:
Eu faria igual!
Quando se está num posto de grande visibilidade é fundamnetal tomar atitudes que definam posturas.
Essas posturas, têm de ir ao encontro da expectativa da população que se pretende impressionar.
No caso do Rui Rio, o homem pretende dizer que "por muito valor que tenha o futebol não está acima da lei!". No caso Marques Mendes, quer dizer: por muita obra para "o bem da população que se faça, não se está acima da lei!".
... e eu acredito que nestes aspectos elestêm razão!
Quanto às restantes estratégias, ao Rio - espero para ver. Ao Mendes - digo-o com toda a frontalidade - o menino não me convence!
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