não, este ainda não é um post sobre casamento homossexual...

mas é muito mais importante...carreguem aqui e leiam.
eu não vou insistir nos argumentos médicos já citados no texto, não vou falar sobre direito ou competências do supremo ou sequer de descriminação. eu vou antes falar sobre consequências que uns diriam teóricas mas que são eminentemente práticas.
- a 1ª consequência lógica desta sentença é que a partir de agora qualquer indivíduo com SIDA não pode mais ser cozinheiro.
- a 2ª consequência lógica é que a partir de agora qualquer indivíduo com SIDA não pode exercer outras profissões em que há risco de contágio, seja este risco real, suposto ou simplesmente ficcionado (assim de cabeça diria médicos e enfermeiros e dentistas e outros que tais...)
- a 3ª consequência lógica é que restaurantes e cantinas e escolas e cafés e hospitais e consultórios e centros de saúde devem passar a exigir uma de duas coisas aos seus trabalhadores: ou estes fazem testes periódicos que os declarem (supostamente) limpos de doenças infecto-contagiosas (as reais e as simplesmente ficcionadas...) ou assumem a obrigação de informar a entidade empregadora de qualquer alteração ao seu estatuto de saudáveis (seja este sempre temporário estatuto real, suposto, pseudo ou ficcionado).

tudo isto num país (o real, não o ficcionado) onde os infelizes doentes portadores de tuberculose multiresistente andam por aí ao deus dará, sentados nos metros e nos autocarros, a tossir bacilos que não dependem de impossibilidades estatísticas para contaminar o gajo do lado...
pergunto-me se os supremos senhores do supremo sabem disto...