os quatro elementos da natureza os quatro pilares da sabedoria os quatro atributos do corpo os quatro cavaleiros do apocalipse
27.4.06
E agora algo completamente diferente
Porque me faz lembrar Abril e a liberdade.
E porque de quando em vez, muito de quando em vez, é importante que um blog de homens tenha imagens de mulheres.
Nem que seja só de vez em quando, muito de vez em quando.
26.4.06
Presidente Cavaco
O 1º discurso de 25 de Abril do novo Presidente suscita-me 2 comentários:
- o facto de ter ido sem um cravo na lapela é-me algo indiferente (apesar de achar que o devia ter usado).
- o facto de o discurso ter sido à Sampaio, cheio daquelas generalidades, apelos e boas intenções que normalmente não levam a nada, soube a pouco.
Será estratégia, tipo lobo em pele de cordeiro? Virou socialista? Ou será que depois de tanto alarido, Cavaco vai cair no formalismo discursivo e na irrelevância relativa do cargo de PR, que "vitimaram" Sampaio?
- o facto de ter ido sem um cravo na lapela é-me algo indiferente (apesar de achar que o devia ter usado).
- o facto de o discurso ter sido à Sampaio, cheio daquelas generalidades, apelos e boas intenções que normalmente não levam a nada, soube a pouco.
Será estratégia, tipo lobo em pele de cordeiro? Virou socialista? Ou será que depois de tanto alarido, Cavaco vai cair no formalismo discursivo e na irrelevância relativa do cargo de PR, que "vitimaram" Sampaio?
Mais Carrilho!
Recentemente foi inaugurada na Casa de Camilo - Centros de Estudos Camilianos (CEC), em Famalicão, uma exposição de André Carrilho para assinalar os 181 anos do nascimento do dito escritor português. Nesta exposição estão retratados 80 escritores portugueses.
Carrilho já recebeu inúmeros prémios entre os quais, em 2002, o prémio de ouro para "portfolio" de ilustração da Society for News Desig.
Destaco sobretudo a elegância com que ele consegue através da mancha, linha e textura caricaturar as mais diversas personagens. Muito Bom!
WPC II - el Português
25.4.06
O animal. A frase.
O 1º voltou, mas agora com dentes.
A 2ª foi em resposta a um daqueles pobres repórteres que têm que cobrir a festa:
- então, a Srª. gostava do Adriaanse desde o início?
- eu gostava, mas nunca pensei que fossêmos ir ser campeões.
Eu também não. Muito mais que treinadores, jogadores ou presidentes, viva o FCP, a minha única fé.
A 2ª foi em resposta a um daqueles pobres repórteres que têm que cobrir a festa:
- então, a Srª. gostava do Adriaanse desde o início?
- eu gostava, mas nunca pensei que fossêmos ir ser campeões.
Eu também não. Muito mais que treinadores, jogadores ou presidentes, viva o FCP, a minha única fé.
24.4.06
21.4.06
Uma sugestão
Não pretendo dar uma de elitista. Aliás, só li 2 números deste jornal. O 1º contacto aconteceu há 15 dias porque em dia de aniversário o jornal era gratuito e eu não resisti. Como me deparei com uma reportagem fabulosa sobre as perspectivas da longevidade da vida humana, para além de outros artigos interessantes, decidi começar a comprá-lo.
Assim sendo, meus amigos, fica a sugestão: hoje 6ª feira, em vez do jornal do saco de plástico comprem o Courrier Internacional. É mais fácil de ler, mais fácil de transportar, mais amigo do ambiente (só tem +- 1/3 do papel) e ainda vos sobra dinheiro para um café.
20.4.06
Filosofia de bolso
Há uns meses constatei que às vezes quando sou eu próprio, sou um bocado impróprio.
Voltando a debruçar-me sobre o assunto, concluo que pior que ser às vezes inconveniente é ser sempre conveniente. Tipos destes ou são hipócritas ou são totalmente desprovidos de interesse.
Voltando a debruçar-me sobre o assunto, concluo que pior que ser às vezes inconveniente é ser sempre conveniente. Tipos destes ou são hipócritas ou são totalmente desprovidos de interesse.
...
É uma constatação algo triste, mas a verdade é que quando um acidente de viação causa a morte a uma figura pública ou a uma figura publicamente conhecida como o tipo dos moranguitos, isso tem um efeito superior a qualquer campanha de segurança rodoviária.
Tudo porque se consegue associar uma cara à estatística, contrariamente ao que acontece por exemplo com os outros 9 mortos da Operação Páscoa.
Tudo porque se consegue associar uma cara à estatística, contrariamente ao que acontece por exemplo com os outros 9 mortos da Operação Páscoa.
E porque não o bruxo de Fafe?
O director do futebol do Real Madrid, Benito Floro, sugeriu à radio Cadena Ser as contratações do médio internacional inglês Stevan Gerrard, capitão do Liverpool, e do treinador alemão do Getafe, Bernd Schuster, para relançar o clube da capital espanhola.
(tirado das notícias na hora do site www.ojogo.pt)
De há uns anos para cá, o outrora glorioso Real Madrid limita-se a ser um entreposto de fazer dinheiro, via venda de t-shirts na Ásia, e agora chega ao cúmulo de anunciar quem pensa contratar na rádio ou nos jornais, ao estilo das nossas recentes OPA's.
O que virá a seguir?
Vão angariar sócios através de promoções de desconto na gasolina?
(tirado das notícias na hora do site www.ojogo.pt)
De há uns anos para cá, o outrora glorioso Real Madrid limita-se a ser um entreposto de fazer dinheiro, via venda de t-shirts na Ásia, e agora chega ao cúmulo de anunciar quem pensa contratar na rádio ou nos jornais, ao estilo das nossas recentes OPA's.
O que virá a seguir?
Vão angariar sócios através de promoções de desconto na gasolina?
18.4.06
Berlusconi, no seu melhor
Este tipo foi eleito primeiro-ministro por 2 vezes, governou a Itália durante 6 ou 7 anos e mesmo agora, apesar de ter perdido, mereceu quase metade dos votos expressos...
Perante isto, até a Fátima, o Avelino e o Alberto João parecem políticos sérios.
Com a devida vénia ao Corto, que me mandou isto para o mail.
Perante isto, até a Fátima, o Avelino e o Alberto João parecem políticos sérios.
Com a devida vénia ao Corto, que me mandou isto para o mail.
17.4.06
Mistérios da fé
Facto: esta 6ª feira em Olhão populares em fúria contra a decisão do padre de não realizar a tradicional procissão pascal, obrigaram a uma intervenção policial para evitar a invasão da Igreja e eventuais confrontos com o senhor cura. Em Sendim, e pelo mesmo motivo, foi roubada a chave da sacristia.
Opinião: A Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) nunca se esforçou por estimular o espírito crítico e o livre pensamento entre os seus seguidores, muito pelo contrário. Ao longo da sua já mui longa história, desde as perseguições aos que sentiam a fé de uma maneira diferente da sua, às missas em latim para manter a distância e afastar o risco de dissidência, passando pelos variados dogmas, pela forma altamente ritualizada como exerce a sua acção e acabando na dificuldade de adequar o seu discurso aos problemas e às realidades do mundo actual, a ICAR sobrevive e prospera porque consegue incutir na maioria dos crentes uma habituação e um apego muito marcado aos seus diferentes ritos. Esta forma de estar tem como consequência última, na minha opinião, o esvaziar de conteúdo e significado os actos e as palavras de muitos dos católicos, produzindo aquilo a que poderíamos chamar de fé acrítica e de tipo robótico. Ou seja, um distanciamento progressivo entre aquilo que cada um professa dentro da Igreja e aquilo que faz cá fora.
Só assim é possível compreender que pessoas que vão à missa regularmente, que comungam, que se confessam, que fazem gala do uso dos seus crucifixos e questão de baptizar e educar os filhos segundo os ensinamentos da Igreja, sejam capazes de roubar e de tentar agredir o próprio padre em nome duma qualquer tradição, sem perceberem a insanável contradição que há entre estas actitudes e a religião do amor e do perdão que dizem professar.
Opinião: A Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) nunca se esforçou por estimular o espírito crítico e o livre pensamento entre os seus seguidores, muito pelo contrário. Ao longo da sua já mui longa história, desde as perseguições aos que sentiam a fé de uma maneira diferente da sua, às missas em latim para manter a distância e afastar o risco de dissidência, passando pelos variados dogmas, pela forma altamente ritualizada como exerce a sua acção e acabando na dificuldade de adequar o seu discurso aos problemas e às realidades do mundo actual, a ICAR sobrevive e prospera porque consegue incutir na maioria dos crentes uma habituação e um apego muito marcado aos seus diferentes ritos. Esta forma de estar tem como consequência última, na minha opinião, o esvaziar de conteúdo e significado os actos e as palavras de muitos dos católicos, produzindo aquilo a que poderíamos chamar de fé acrítica e de tipo robótico. Ou seja, um distanciamento progressivo entre aquilo que cada um professa dentro da Igreja e aquilo que faz cá fora.
Só assim é possível compreender que pessoas que vão à missa regularmente, que comungam, que se confessam, que fazem gala do uso dos seus crucifixos e questão de baptizar e educar os filhos segundo os ensinamentos da Igreja, sejam capazes de roubar e de tentar agredir o próprio padre em nome duma qualquer tradição, sem perceberem a insanável contradição que há entre estas actitudes e a religião do amor e do perdão que dizem professar.
15.4.06
Desabafos em azul e branco
1- o jogo em si não foi grande coisa e pode resumir-se rapidamente dizendo que o Leiria jogou melhor na 1ª parte; o Porto teve sorte em chegar ao intervalo a ganhar, mas controlou sem problemas a 2ª parte; o Sr. de amarelo fez aquilo que se esperava tendo em conta o seu historial e mal teve oportunidade tentou influir no desfecho do jogo expulsando o Lucho (que aliás está nitidamente em auto-gestão para o Mundial).
2- não sei se foi visível na TV ou se os comentadores chamaram a atenção para a situação, mas o pormenor verdadeiramente interessante da noite ocorreu aquando dos festejos do golo portista. Enquanto toda a equipa estava fora das 4 linhas abraçada a Adriaanse, já o Leiria e o Sr. de amarelo estavam prontos para o reinício. Segundo as leis do jogo, mal os jogadores do FCP estivessem de novo dentro de campo e independentemente do seu posicionamento, o Sr. de amarelo poderia autorizar o recomeço (tal como as vezes acontece deixarem marcar livres sem aviso...). Podem dizer que isto nunca aconteceria, que eu estou a ser paranóico, que seria algo nunca visto, mas a verdade é que houve alguém que se lembrou que isso poderia suceder. O provável reforço da selecção angolana no Mundial, aquele ex-boavisteiro com justificada fama de caceteiro e que é hoje em dia capitão do FCP, deixou-se ficar tranquilamente ao longe a bater palmas, mas ostensivamente bem dentro do meio campo do Leiria por forma a não permitir o recomeço do jogo. Só quando os restantes 9 jogadores de campo se voltaram a posicionar correctamente é que Pedro Emanuel, sem grandes pressas, ultrapassou a linha de meio campo. A atitude pode ter ido irrelevante, pode até ser interpretada só como excesso de zelo ou estar a ser sobre-valorizada por mim, mas mostra uma experiência e uma atenção ao detalhe que são pouco comuns.
3- merece também ser realçada a atitude extremamente corajosa e profissional de Adriaanse, neste seu momento mau demais para ser verdade.
P.S.- e faltam 4...
2- não sei se foi visível na TV ou se os comentadores chamaram a atenção para a situação, mas o pormenor verdadeiramente interessante da noite ocorreu aquando dos festejos do golo portista. Enquanto toda a equipa estava fora das 4 linhas abraçada a Adriaanse, já o Leiria e o Sr. de amarelo estavam prontos para o reinício. Segundo as leis do jogo, mal os jogadores do FCP estivessem de novo dentro de campo e independentemente do seu posicionamento, o Sr. de amarelo poderia autorizar o recomeço (tal como as vezes acontece deixarem marcar livres sem aviso...). Podem dizer que isto nunca aconteceria, que eu estou a ser paranóico, que seria algo nunca visto, mas a verdade é que houve alguém que se lembrou que isso poderia suceder. O provável reforço da selecção angolana no Mundial, aquele ex-boavisteiro com justificada fama de caceteiro e que é hoje em dia capitão do FCP, deixou-se ficar tranquilamente ao longe a bater palmas, mas ostensivamente bem dentro do meio campo do Leiria por forma a não permitir o recomeço do jogo. Só quando os restantes 9 jogadores de campo se voltaram a posicionar correctamente é que Pedro Emanuel, sem grandes pressas, ultrapassou a linha de meio campo. A atitude pode ter ido irrelevante, pode até ser interpretada só como excesso de zelo ou estar a ser sobre-valorizada por mim, mas mostra uma experiência e uma atenção ao detalhe que são pouco comuns.
3- merece também ser realçada a atitude extremamente corajosa e profissional de Adriaanse, neste seu momento mau demais para ser verdade.
P.S.- e faltam 4...
14.4.06
Homilia de um ateu
Não querendo ser ofensivo para com os mais crentes, olho para o fim-de-semana pascal de uma forma eminentemente pragmática.
Qualquer feriado que calhe a uma 6ª feira merece a minha simpatia, sendo que chamarem-lhe Santa a mim não me aquece nem arrefece. Já quanto ao Sábado, como a A. e eu chegámos à conclusão pelas frustantes experiências de anos anteriores que não valia a pena ter o estaminé aberto, é também ele e contrariamente ao habitual um dia de descanso para mim. O ser de aleluia para outros novamente não me aquece nem me arrefece ou como diriam os espanhóis (que nestas coisas das expressões estão um bocado à nossa frente) me da igual.
O Domingo pascal propriamente dito é um dia que me agrada, já que não só se junta muita da família (o que é agradável por si só mas também por acontecer poucas vezes, caso contrário poderia ser algo cansativo...) como normalmente se come cabrito e se acompanha o bicho com vinho tinto dos bons (daquelas refeições das quais se pode dizer "carne no prato e carne no copo").
Quanto à passagem do Compasso, tudo na boa e na paz do Senhor desde que não apareçam cedo demais e comam de boca fechada.
Já as famosas Amêndoas são uma tradição que faço sinceros votos para que se mantenha, quer pelo seu carácter altamente cariogénico quer pela sua grandemente subvalorizada capacidade de provocar lascas, fissuras, rachadelas e/ou fracturas nos dentes dos incautos que trincam em vez de chupar. Por aqui me fico, à laia de sugestão pascal...
Qualquer feriado que calhe a uma 6ª feira merece a minha simpatia, sendo que chamarem-lhe Santa a mim não me aquece nem arrefece. Já quanto ao Sábado, como a A. e eu chegámos à conclusão pelas frustantes experiências de anos anteriores que não valia a pena ter o estaminé aberto, é também ele e contrariamente ao habitual um dia de descanso para mim. O ser de aleluia para outros novamente não me aquece nem me arrefece ou como diriam os espanhóis (que nestas coisas das expressões estão um bocado à nossa frente) me da igual.
O Domingo pascal propriamente dito é um dia que me agrada, já que não só se junta muita da família (o que é agradável por si só mas também por acontecer poucas vezes, caso contrário poderia ser algo cansativo...) como normalmente se come cabrito e se acompanha o bicho com vinho tinto dos bons (daquelas refeições das quais se pode dizer "carne no prato e carne no copo").
Quanto à passagem do Compasso, tudo na boa e na paz do Senhor desde que não apareçam cedo demais e comam de boca fechada.
Já as famosas Amêndoas são uma tradição que faço sinceros votos para que se mantenha, quer pelo seu carácter altamente cariogénico quer pela sua grandemente subvalorizada capacidade de provocar lascas, fissuras, rachadelas e/ou fracturas nos dentes dos incautos que trincam em vez de chupar. Por aqui me fico, à laia de sugestão pascal...
12.4.06
Publicidade enganosa
Na Indonésia houve manifestações violentas contra o lançamento do 1º número da Playboy. Contrariamente aos que vêem neste acontecimento mais uma manifestação de intolerância por parte dos muçulmanos, eu não só compreendo como me solidarizo com eles.
Estavam à espera de quê? Depois de décadas de ansiedade, de angústia, de falta de material masturbatório (um dos poucos actos individuais comum a todas as religiões), os indonésios levam com uma revista em que só há gajas de bikini e nem sequer foram permitidas poses provocantes. Nem um par de mamas, nem a sugestão de uns mamilos mais hirtos, nem uns cús provocantes, espetados e luzidios, nem sequer tecidos transparentes.
Revoltaram-se? Fizeram eles bem. Nós por cá estamos sempre a dizer que um homem tem necessidades...
Estavam à espera de quê? Depois de décadas de ansiedade, de angústia, de falta de material masturbatório (um dos poucos actos individuais comum a todas as religiões), os indonésios levam com uma revista em que só há gajas de bikini e nem sequer foram permitidas poses provocantes. Nem um par de mamas, nem a sugestão de uns mamilos mais hirtos, nem uns cús provocantes, espetados e luzidios, nem sequer tecidos transparentes.
Revoltaram-se? Fizeram eles bem. Nós por cá estamos sempre a dizer que um homem tem necessidades...
11.4.06
Descarga de bílis
Acabei de ver a última hora do Prós e Contras. Apesar de já conhecer algumas das opiniões do João César das Neves confesso que me sinto chocado. O conteúdo das afirmações aliado à forma petulante, mal educada e mesmo viscosa como se comportou com os outros participantes obrigou-me a voltar a ligar o computador, pela simples razão de me ter dado conta que apesar de eu, Wolverine, ser um fervoroso praticante da arte do escárnio e maldizer, estranhamente nunca postei nada sobre este personagem.
Assim sendo, para recuperar a paz de espírito e poder dormir tranquilamente, serve a presente para corrigir o lapso e declarar que na minha opinião o Exmo. Professor João César das Neves é um perfeito idiota.
Assim sendo, para recuperar a paz de espírito e poder dormir tranquilamente, serve a presente para corrigir o lapso e declarar que na minha opinião o Exmo. Professor João César das Neves é um perfeito idiota.
9.4.06
Cada cavadela cada minhoca
Li aqui que Freitas do Amaral, aquele pavão narcísico que faz de Ministro dos Negócios Estrangeiros, vai faltar pela 7ª vez em 12 meses à reunião dos MNE da UE.
Ou as reuniões da UE não servem para nada, o que já se suspeita há muito tempo...
Ou o nosso MNE não serve para nada, e devia ser despedido com justa causa como medida SIMPLEX de desburocratização e combate ao défice...
Ou as duas premissas anteriores juntas...
Ou as reuniões da UE não servem para nada, o que já se suspeita há muito tempo...
Ou o nosso MNE não serve para nada, e devia ser despedido com justa causa como medida SIMPLEX de desburocratização e combate ao défice...
Ou as duas premissas anteriores juntas...
Desabafos em azul e branco
Breves notas sobre o clássico de ontem:
1-os jornais desportivos da capital andaram durante semanas a salivar com a perspectiva de o Sporting poder em caso de vitória passar para a frente do campeonato, caso a diferença pontual antes do jogo se mantivesse em 2 pontos. Como em várias outras ocasiões anteriores, esqueceram-se da possibilidade de o Porto, em teoria, poder praticamente arrumar a questão se ganhasse.
2-o Paulo Bento foi a maior surpresa da noite, já que em vez do habitual discurso Sportinguista versão Dias da Cunha de em caso de derrota espingardar sempre, com ou sem razão, contra a arbitragem e o "sistema", admitiu o óbvio: o Porto é, neste momento, melhor equipa.
3-já o prémio de faccioso mor terá que ir de forma meritória, por unanimidade e aclamação, para o Manuel Fernandes, cuja suposta isenção nos comentários só fica a perder para o Jorge Coroado, auto-proclamado mega especialista em arbitragem, campeão do anti-portismo e verdadeiro baluarte moral da pala nos olhos.
4-o Sporting limitou-se a tentar controlar o jogo e a esperar, de forma matreira, por um erro portista que lhe desse vantagem. Se em cada um dos jogos anteriores apareceram Pepe e Cech a fazer-lhes o jeito, ontem a concentração foi total e o melhor que o Sporting conseguiu, a jogar em casa perante 50 000 adeptos, foi uma semi-oportunidade daquele enorme jogador chamado Moutinho (como é possível pensar em levar o Hugo Viana ao mundial e deixar este miúdo de fora?)
5-o Porto, sem fazer um jogo extraordinário, ganhou porque usou melhor as mesmas armas que o Sporting tem vindo a rentabilizar: grande concentração defensiva, pragmatismo táctico, pressing e cinismo na hora de aproveitar as poucas oportunidades que surgem em jogos assim. Mesmo não gostando nada do homem, há que dar mérito ao Co Adriaanse.
6-a arbitragem foi péssima para os 2 lados. Resumidamente: a) houve amarelos mal mostrados (Lisandro, Deivid, Quaresma); b) admito que a entrada do Quaresma sobre Tonel seja para vermelho directo mas então, com o mesmo critério, a do Sá Pinto sobre o Lisandro também o era; c) os dois amarelos seguidos ao Bosingwa (que devia ter visto um na 1ª parte por falta sobre Liedson) são ridículos, sendo que no 2º não só não há falta como o Liedson parece arrancar em ligeiro fora-do-jogo;
7-é deprimente tentar, como vi fazer ontem na TVI, arranjar um penalty por suposta mão do Jorginho (só se lhe deu com um pêlo do antebraço...), e ignorar um lance bem mais duvidoso entre Caneira e o mesmo Jorginho na área do Sporting. Haja paciência...
1-os jornais desportivos da capital andaram durante semanas a salivar com a perspectiva de o Sporting poder em caso de vitória passar para a frente do campeonato, caso a diferença pontual antes do jogo se mantivesse em 2 pontos. Como em várias outras ocasiões anteriores, esqueceram-se da possibilidade de o Porto, em teoria, poder praticamente arrumar a questão se ganhasse.
2-o Paulo Bento foi a maior surpresa da noite, já que em vez do habitual discurso Sportinguista versão Dias da Cunha de em caso de derrota espingardar sempre, com ou sem razão, contra a arbitragem e o "sistema", admitiu o óbvio: o Porto é, neste momento, melhor equipa.
3-já o prémio de faccioso mor terá que ir de forma meritória, por unanimidade e aclamação, para o Manuel Fernandes, cuja suposta isenção nos comentários só fica a perder para o Jorge Coroado, auto-proclamado mega especialista em arbitragem, campeão do anti-portismo e verdadeiro baluarte moral da pala nos olhos.
4-o Sporting limitou-se a tentar controlar o jogo e a esperar, de forma matreira, por um erro portista que lhe desse vantagem. Se em cada um dos jogos anteriores apareceram Pepe e Cech a fazer-lhes o jeito, ontem a concentração foi total e o melhor que o Sporting conseguiu, a jogar em casa perante 50 000 adeptos, foi uma semi-oportunidade daquele enorme jogador chamado Moutinho (como é possível pensar em levar o Hugo Viana ao mundial e deixar este miúdo de fora?)
5-o Porto, sem fazer um jogo extraordinário, ganhou porque usou melhor as mesmas armas que o Sporting tem vindo a rentabilizar: grande concentração defensiva, pragmatismo táctico, pressing e cinismo na hora de aproveitar as poucas oportunidades que surgem em jogos assim. Mesmo não gostando nada do homem, há que dar mérito ao Co Adriaanse.
6-a arbitragem foi péssima para os 2 lados. Resumidamente: a) houve amarelos mal mostrados (Lisandro, Deivid, Quaresma); b) admito que a entrada do Quaresma sobre Tonel seja para vermelho directo mas então, com o mesmo critério, a do Sá Pinto sobre o Lisandro também o era; c) os dois amarelos seguidos ao Bosingwa (que devia ter visto um na 1ª parte por falta sobre Liedson) são ridículos, sendo que no 2º não só não há falta como o Liedson parece arrancar em ligeiro fora-do-jogo;
7-é deprimente tentar, como vi fazer ontem na TVI, arranjar um penalty por suposta mão do Jorginho (só se lhe deu com um pêlo do antebraço...), e ignorar um lance bem mais duvidoso entre Caneira e o mesmo Jorginho na área do Sporting. Haja paciência...
5.4.06
Só a mim...
Presumo que o gajo que inventou o provérbio "o barato sai caro" não tenha tido em vida a devida consideração, mas para mim é sem dúvida um génio póstumo.
Na recente ida a Paris optei pela 1ª vez por viajar através da Ryanair. Na viagem de ida tudo correu bem, se descontarmos o atraso de quase 2 horas na saída. Chegámos a Beauvais, um aeródromo travestido de aeroporto a 80 km's da cidade luz e apanhámos um autocarro merdoso, travestido de transfer, até lá. Já a viagem de regresso, essa, ulálá, foi outra história completamente diferente. Tendo sido marcada há meses, acabou por calhar em cheio no fatídico dia 4 de Abril, infelizmente escolhido pelos "enfants de la patrie" para mostrar a sua conhecida propensão para o protestantismo militante (o que em relação ao caso em apreço, não lhes tira razão). Acordámos (eu e a partner) às 5h e apanhámos 2 metros para chegar ao local de partida do transporte para o aeroporto às 6h20min. Aí chegados antes do nascer do sol, damos de cara com um tipo cuja única identificação era o kispo a dizer aeroporto e que, ao ar livre e em pleno parque de estacionamento, nos informa num inglês que com a dose extra de simpatia que por essas horas ainda tinha em stock posso classificar de macarónico que: "airport closed" e que "no flights" tudo isto devido à "strike". Perante isto, optámos por nos dirigirmos ao Aeroporto Charles de Gaulle, juntamente com duas portugas que já tinham passado todo o dia anterior a tentar também elas sair de alguma forma daquela fantástica cidade. E chegados ao Aeroporto, meus amigos, descobri alguns factos interessantes sobre o mundo das viagens aéreas, que resumidamente passo a partilhar
Saberão vocês, porventura, qual é a diferença num bilhete de ida Paris-Porto entre aquela irritante e difusa categoria dos jovens e os outros, meros adultos? A resposta é 669. Euros. Os mesmos que separam os 131€ da taxa aplicada aos 1ºs dos 800€ cobrados aos 2ºs. Como se isto não fosse já suficientemente ridículo, viemos ainda a descobrir que caso optásssemos por comprar bilhetes de ida e volta estes ficariam por 557€, ou seja, 2 viagens custariam neste caso menos 243€ que uma só, o que vem dar razão aquele outro génio póstumo que relacionou a lógica com um conhecido tubérculo.
De mãos na cabeça e a fazer um esforço sobre-humano para não verbalizar a apreciação que por esta altura já me mereciam os grevistas em particular e La France em geral, eu e a fiel partner decidimos explorar outras hipóteses, nomeadamente fazer a viagem em TGV (obviamente também bloqueado, que os camelos quando fazem greve não brincam) e, como a esperança é a última a morrer, o eventual aluguer de um carro (pelo qual nos pretendiam cobrar cerca de 800€, o que me permitiu concluir que tal como nos aviões, se o carro for só de ida é muito mais caro...)
Perante a perspectiva de voltar para uma Paris bloqueada, sem metro e sem hotel onde ficar, juntamente com a real possibilidade de perder mais 2 dias de trabalho, decidimos num acesso de loucura e de novo riquismo bacoco estourar 1.114€ para voltar.
Assim sendo, resta-me dizer que vivam os direitos adquiridos, vivam as greves que eu nunca fiz, vivam os jovens estudantes dos liceus e os comunas dos sindicalistas que lhes mexem nos cordelinhos, viva a "racaille" que atira pedras, assalta lojas e rebenta montras, viva o CPE e o novo esclavagismo, enfim vive la France e os jovens menores de 25 anos, que podem ser tratados como cães no mercado de trabalho mas merecem taxas fantásticas se decidirem viajar de avião.
Na recente ida a Paris optei pela 1ª vez por viajar através da Ryanair. Na viagem de ida tudo correu bem, se descontarmos o atraso de quase 2 horas na saída. Chegámos a Beauvais, um aeródromo travestido de aeroporto a 80 km's da cidade luz e apanhámos um autocarro merdoso, travestido de transfer, até lá. Já a viagem de regresso, essa, ulálá, foi outra história completamente diferente. Tendo sido marcada há meses, acabou por calhar em cheio no fatídico dia 4 de Abril, infelizmente escolhido pelos "enfants de la patrie" para mostrar a sua conhecida propensão para o protestantismo militante (o que em relação ao caso em apreço, não lhes tira razão). Acordámos (eu e a partner) às 5h e apanhámos 2 metros para chegar ao local de partida do transporte para o aeroporto às 6h20min. Aí chegados antes do nascer do sol, damos de cara com um tipo cuja única identificação era o kispo a dizer aeroporto e que, ao ar livre e em pleno parque de estacionamento, nos informa num inglês que com a dose extra de simpatia que por essas horas ainda tinha em stock posso classificar de macarónico que: "airport closed" e que "no flights" tudo isto devido à "strike". Perante isto, optámos por nos dirigirmos ao Aeroporto Charles de Gaulle, juntamente com duas portugas que já tinham passado todo o dia anterior a tentar também elas sair de alguma forma daquela fantástica cidade. E chegados ao Aeroporto, meus amigos, descobri alguns factos interessantes sobre o mundo das viagens aéreas, que resumidamente passo a partilhar
Saberão vocês, porventura, qual é a diferença num bilhete de ida Paris-Porto entre aquela irritante e difusa categoria dos jovens e os outros, meros adultos? A resposta é 669. Euros. Os mesmos que separam os 131€ da taxa aplicada aos 1ºs dos 800€ cobrados aos 2ºs. Como se isto não fosse já suficientemente ridículo, viemos ainda a descobrir que caso optásssemos por comprar bilhetes de ida e volta estes ficariam por 557€, ou seja, 2 viagens custariam neste caso menos 243€ que uma só, o que vem dar razão aquele outro génio póstumo que relacionou a lógica com um conhecido tubérculo.
De mãos na cabeça e a fazer um esforço sobre-humano para não verbalizar a apreciação que por esta altura já me mereciam os grevistas em particular e La France em geral, eu e a fiel partner decidimos explorar outras hipóteses, nomeadamente fazer a viagem em TGV (obviamente também bloqueado, que os camelos quando fazem greve não brincam) e, como a esperança é a última a morrer, o eventual aluguer de um carro (pelo qual nos pretendiam cobrar cerca de 800€, o que me permitiu concluir que tal como nos aviões, se o carro for só de ida é muito mais caro...)
Perante a perspectiva de voltar para uma Paris bloqueada, sem metro e sem hotel onde ficar, juntamente com a real possibilidade de perder mais 2 dias de trabalho, decidimos num acesso de loucura e de novo riquismo bacoco estourar 1.114€ para voltar.
Assim sendo, resta-me dizer que vivam os direitos adquiridos, vivam as greves que eu nunca fiz, vivam os jovens estudantes dos liceus e os comunas dos sindicalistas que lhes mexem nos cordelinhos, viva a "racaille" que atira pedras, assalta lojas e rebenta montras, viva o CPE e o novo esclavagismo, enfim vive la France e os jovens menores de 25 anos, que podem ser tratados como cães no mercado de trabalho mas merecem taxas fantásticas se decidirem viajar de avião.
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