O canal 2, ou simplesmente a 2: como agora se chama, passou recentemente uma série chamada “A Linha da Beleza”, com a chancela (termo que há muito tinha vontade de usar) de qualidade da BBC. Esta série poderia facilmente ser o tema deste post, mas não o é, pela singela razão de eu não a ter visto. De qualquer forma, diz-me a A. (que também não a viu mas que acabou agora de ler o livro na qual a série se baseou) que para além daquilo que podemos ler na sinopse que a 2: nos proporciona, o enredo trata também de homossexualidade masculina, e de uma forma bastante explícita (creio que as palavras dela foram: o livro é bom mas não sei se terás estômago para o ler; comentário que surge como um assunto derivado da questão de eu ser reconhecidamente um tanto ou quanto homofóbico…). Não sei se a versão televisiva se manteve fiel ao livro, mas vamos por mera conveniência minha assumir que sim e tomar como facto que a 2: nos terá presenteado com uma série sobre homens gays.
Não sei se imbuídos num espírito messiânico de promoção da tolerância, ou de igualdade entre géneros, ou por acharem (e bem) que o sexo vende, ou se finalmente por mera coincidência, mas a verdade é que os directores da mesma 2: nos vão agora dar a ver uma nova série sobre homossexualidade, agora feminina, ou seja sobre lesbianismo (termo que me dá um certo gozo usar, de uma forma infantil e quiçá até um bocado pacóvia, mas não deixa de ser verdade), e que dá pelo algo óbvio nome de: "the L word".
Segundo o Público: “…as mulheres são lindas e sofisticadas…trabalham (pouco), namoram muito e passam a vida embrulhadas em cenas de sexo escaldante…”.
Se alguém se deu ao trabalho de criar uma série assim, eu Wolverine, digno e honrado portador de pénis e Ser carregado de testosterona, sinto-me na obrigação de ver pelo menos o 1º episódio, quanto mais não seja por cortesia.
É hoje, já depois dos meninos e meninas bem comportadas irem para a caminha.
os quatro elementos da natureza os quatro pilares da sabedoria os quatro atributos do corpo os quatro cavaleiros do apocalipse
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3 comentários:
Quando comecei a ler a tua posta (versão foçosamente aportuguesada de "post"), veio-me logo à cabeça a ideia "e se forem gajas, já gostas não é malandro?!"... Com o decorrer da posta acabaste por vir de encontro a essa ideia...
Aproveito então para fazer uma pequena correcção:
Tu não és "homofóbico"! Homofóbico tem na sua raíz duas palavras de origem grega: "homós" e "phóbos".
homós signigfica igual, semelhante exprimindo a noção de igualdade ou semelhança.
phóbos significa terror, medo associado especialmente a medo mórbido.
Porque consideras gajo com gajo semelhante e gaja com gaja não?
Depois desta minha posta sobre a língua portuguesa, aproveito para me confessar igualmente preverso quanto ao entusiasmo de ver 2 malucas e deixo apenas uma questão: Porque será que, mesmo para a maioria das mulheres, são mais toleráveis cenas de sexo explícito entre mulheres do que entre homens?
caro spider-man,
gostei do facto de teres jogado a cartada grega, o que fica sempre bem e eleva o nível do blog.
No entanto, e correndo o risco de ser contumaz, dizer-me homofóbico tem a ver apenas e só com o tal "terror" ao que me é igual, ou seja outro homem. Assim sendo, eu nunca poderia ser homofóbico em relação a "gaja com gaja", porque eu não sou "igual ou semelhante" a uma mulher.
Mas acabas por ter alguma razão. Eu de facto não sou homofóbico, apenas me limito por brincadeira parva e queda para a teatralidade, a reproduzir alguns lugares comuns ao imaginário do pseudo macho latino.
Quanto à tua pergunta final, tenho dúvidas se será para a "maioria das mulheres", mas julgo que pode ter a ver com uma sensação de exclusão se a cena for só entre homens.
Ok, também podia ter visto a coisa desse teu prisma... Assim é aceitável a tua afirmação...
Quanto à questão final que coloquei é capaz de ser isso mesmo que disseste... Bem pensado!...
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