os quatro elementos da natureza os quatro pilares da sabedoria os quatro atributos do corpo os quatro cavaleiros do apocalipse

11.9.06

O desportista do ano...

Há poucas horas...



Bem sei que ainda estamos em Setembro. Bem sei que há outros desportos em que vamos assistindo a desempenhos fabulosos. Sei tudo isso, mas mesmo assim permitam-me voltar a falar de Roger Federer.
Não tenho dúvidas que tal como vemos hoje muita gente a falar de homens como Pélé, Fangio, Wilt Chamberlain, Muhamad Ali, etc..., por terem marcado uma era em cada uma das suas áreas, daqui a muitos anos hão-de estar na berlinda tipos como Maradona, Jordan, Tiger, Schumacher, etc...
Na minha modalidade, eu que cresci de raquete na mão, ainda hoje se fala de Laver e de Borg. Daqui a 50 anos nomes como Sampras e Agassi vão também certamente fazer parte desta lista de nomes míticos, mas ainda assim é preciso deixar bem claro que aquilo a que temos assistido nos últimos 3 anos é algo que ultrapassa tudo o que está para trás.
Com apenas 25 anos, Federer já tem 9 títulos do Grand Slam (4 Wimbledon, 3 US Open, 2 Australian Open). Hoje tornou-se o único homem na história do ténis a ganhar Wimbledon e o US Open 3 anos seguidos. Igualou (para já...) o recorde de Ivan Lendl ao atingir 10 meias-finais consecutivas em grand-slam's e já vai com 6 finais seguidas. Das 10 vezes em que atingiu a final de um destes 4 míticos torneios ganhou nada mais nada menos que 9, só tendo perdido este ano em Roland Garros (o único que lhe escapa...) para Rafael Nadal. Como se isto não fosse suficiente, acrescente-se ainda que já ganhou torneios das Masters series em todas as diferentes superfícies, que é o indiscutível número um dos 3 últimos anos, que já é considerado por quase todos como o melhor tenista de sempre e que fora dos courts é um dos tipos mais simpáticos do circuito profissional.
Tudo isto naquela que é provavelmente a modalidade individual mais competiviva que existe, tão exigente do ponto de vista físico como qualquer outra e talvez acima de todas em termos mentais. Sem ajudas de companheiros para disfarçar um dia mau, nem de decisões arbitrais que possam alterar o vencedor de um qualquer jogo.
Perdoem-me o entusiasmo quase infantil, o talvez dispensável resumo que fiz do curriculum do homem e o exagerado desfiar de elogios, mas isto é (na inimitável expressão inglesa) history in the making.

1 comentário:

corto maltese disse...

concordo contigo mas acho que lhe falta um pouco de emoção. Um arrancar de pestanas, um insulto ao árbitro, uma agressão a um espectador,... que são atitudes que não fazendo dele melhor tenista, provocam emoção, trazem paixão ao jogo.

mas se calhar e até por isso mesmo, ele melhor do que os outros, que muitas vezes ganhavam jogos através da destabilização emocional e psicológica dos adversários.

só naõ percebi porque é que ele ontem jogou com o equipamento da selecção italiana.

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