Já tenho mais do que idade para ganhar juízo mas a verdade nua e crua é que continuo a não me saber controlar quando vejo um jogo do Porto. Não me chateio com ninguém, não insulto nem provoco as pessoas que estão a meu lado mas irrito-me a um ponto pouco saudável e quase incompreensível. De tal forma que mesmo agora, uma boa hora depois, só uma réstia de bom-senso impede este post de ser um chorrilho de asneiradas à boa maneira tripeira. Escrevo para descomprimir um pouco antes de ir lavar a louça do jantar, para diminuir o risco de partir umas quantas peças, enfim, para libertar esta bílis malina que se acumulou cá dentro na última hora e meia. Por pontos:
-é inacreditável a atitude com que o Porto entrou no jogo. Não falo na escolha mais que duvidosa do 11 titular, mas sim da forma displicente como se encarou um jogo decisivo ainda para mais contra uma equipa que já se sabe que faz sempre das tripas coração para nos tirar pontos.
-é inacreditável que Jesualdo Ferreira veja tranquilamente instalado no banco a equipa oferecer 45 min. de avanço, sem fazer substituições, sem gritar, sem tentar alterar aquele comportamento vegetativo.
-finalmente, e mesmo dando de barato a minha parcialidade, é inacreditável ver jogos do Porto na TVI. Entre outras preciosidades, ficámos a saber que temos ganho os últimos jogos não por mérito mas sim porque as outras equipas nos tem "oferecido as 1ªs partes", ficámos a saber que Ricardo Costa devia ter sido expulso pelo menos 2 ou 3 vezes e que "vai certamente levar um sumaríssimo que vai fazer com que o Porto fique sem centrais para o próximo jogo", ficámos a saber que Bruno Alves também devia ter sido expulso, ficámos a saber numa jogada de entrada em pé em riste igual a tantas outras que " e agora se o árbitro não explusa Quaresma é só porque não quer", ficámos a saber sempre mas mesmo sempre que o locutor falou do golo do Porto que foi "um lance em que o árbitro entendeu que o guarda redes Peter J. derrubou Adriano", enfim, sou forçado a concluir mais uma vez que são tão parciais nas análises como eu, com a grande e significativa diferença de que eu não sou jornalista nem me tento passar por neutro.
os quatro elementos da natureza os quatro pilares da sabedoria os quatro atributos do corpo os quatro cavaleiros do apocalipse
26.4.07
Ai, ai, logo agora que o Sócrates estava à rasca...
A saga do PSD em Lisboa continua a dar que falar ao ritmo de cada cavadela cada minhoca. Com Carmona como arguido, esta senhora de nome Marina Ferreira vai com grande probabilidade ser a próxima presidente da câmara de Lisboa.
A partir de agora confesso que nas próximas eleições autárquicas vou prestar muita atenção ao números 2 e 3 e 4 de cada lista.
25.4.07
A reminiscência comunista em Portugal e outra considerações que tais...
"Durante os últimos três anos tenho visitado Portugal com alguma frequência questionando-me, muitas vezes, se este é um país normal. A título de curiosidade, posso afirmar que nasci e passei toda a minha vida em Espanha, sendo que, numa altura em que o país se encontra sob a batuta de Zapatero, estou inclinado a dizer que o meu país também não é normal. Assim sendo, estamos empatados. Começando por Portugal, quero expressar que existem alguns aspectos deste rectângulo acolhedor que me incomodam ligeiramente. O primeiro é a reminiscência comunista. O segundo, a hipocrisia dominante. É um facto insólito na Europa que o principal sindicato de Portugal continue a defender a propriedade pública dos meios de produção e dos serviços, que seja reticente perante o mercado e que se comporte como um activista anti-sistema – ao ponto da CGTP ter convocado uma greve geral contra o Governo de Sócrates, que se por alguma coisa se destaca é pela falta de ambição capitalista. A minha opinião acerca dos sindicatos portugueses, espanhóis e outros em geral é muito clara: são um cancro, um dos tumores que impedem o crescimento da economia, que minam o bem-estar dos cidadãos e do progresso social. Estes vivem, fundamentalmente, da subvenção publica, possuem uma representatividade marginal – porque, pelo menos em Espanha, o número de pessoas sindicalizadas é mínimo, sendo poucos os que pagam as respectivas quotas –, e apenas se preocupam em defender o ‘statu quo’: primeiro o seu emprego, que consiste basicamente em protestar e opor-se a tudo, e depois os de quem os têm e querem conservá-los a todo o custo, numa selva laboral mais hostil que nunca. O resultado é óbvio: graves prejuízos para os jovens, estudantes, imigrantes, ou seja, para todos os grupos que não estão instalados.
Antes também já referi, arriscando a minha reputação e talvez pecando por frivolidade, que este é um país frequentemente hipócrita. Levamos quase um mês a discutir o título académico de Sócrates e as eventuais irregularidades que rodeiam a sua licenciatura, despendendo bastante mais energia do que a necessária. Portugal é um país católico. Os políticos mentem mais do que falam - como se comenta em Espanha. Mas a nossa religião já resolveu este dilema. Primeiro mente-se, depois confessamo-nos fazendo actos de contrição, e o padre absolve-nos dos nossos pecados livrando-nos da penitência; se formos perseverantes comungamos, e depois voltamos a mentir porque a natureza humana não tem remédio, gozando a política de uma insanidade muito maior. Com tudo isto pretendo dizer que em Portugal, à semelhança do que acontece em Espanha, a mentira é um pecado venial e perfeitamente corrigível - uma situação completamente diferente da que se vive no mundo anglo-saxónico.
Concluindo e resumindo, vamos deixar de perder tempo a descobrir se o senhor Sócrates é, ou não, engenheiro. Como sou espanhol consigo perceber perfeitamente o cariz jocoso do assunto. Zapatero, por exemplo, que tem a sua licenciatura em Direito perfeitamente acreditada, passou vinte anos como deputado em Madrid a carregar num botão – SIM ou NÃO. Apesar deste ‘curriculum vitae’ espectacular hoje é, infelizmente para o país, o primeiro-ministro de Espanha. Percebo perfeitamente que esta seja uma situação difícil de aceitar por todas as pessoas honestas, mas bastante melhor preparadas, que desejariam ter um timoneiro bem mais capaz. ‘But it’s life’. Em Portugal, o facto irrefutável é que Sócrates é o primeiro-ministro. Deve ser julgado pelos seus actos, deixando de lado os seus títulos académicos. Portugal tem inúmeros desafios pela frente e vai passar muito tempo, caso se dedique a vencê-los, até que voltem a conjugar-se circunstâncias tão propícias e favoráveis: um Governo de maioria absoluta, um primeiro-ministro extremamente popular, uma oposição muito frágil e um país convencido – se bem que ainda reticente e preocupado –, da necessidade de reformas. Catolicamente falando, seria um pecado capital que Sócrates incorresse na passividade, na indolência, no comodismo e no pragmatismo.
Portugal é um país muito pequeno, com uma grande história, que navega entre duas águas. Uma é a que reflecte o recente relatório de Vítor Constâncio, o Governador do Banco de Portugal, estimulando a ambição reformista, destacando as deficiências da economia e da sociedade portuguesa – no mercado laboral, na educação, na Administração Pública. No outro lado encontra-se o sindicalismo comunista rançoso, a resistência à mudança profunda de Portugal, e quem sabe se do pragmatismo calculista do socialismo de Sócrates, talvez mais dependente de governar durante os próximos quatros anos do que aproveitar os que ainda lhe restam. Seria uma pena."
Miguel Angel Belloso, Ex-director do “Expansión”
in Diario Economico
P.S. 1 - Para contextualizar este artigo note-se que Miguel Angel Belloso é assumidamente de direita (possivelmente, da dita direita "conservadora", "ultra-liberal" e "reaccionária"). O artigo suscitou algumas fortes reacções contrárias por parte de alguns cibernautas que podem ser lidas aqui
Antes também já referi, arriscando a minha reputação e talvez pecando por frivolidade, que este é um país frequentemente hipócrita. Levamos quase um mês a discutir o título académico de Sócrates e as eventuais irregularidades que rodeiam a sua licenciatura, despendendo bastante mais energia do que a necessária. Portugal é um país católico. Os políticos mentem mais do que falam - como se comenta em Espanha. Mas a nossa religião já resolveu este dilema. Primeiro mente-se, depois confessamo-nos fazendo actos de contrição, e o padre absolve-nos dos nossos pecados livrando-nos da penitência; se formos perseverantes comungamos, e depois voltamos a mentir porque a natureza humana não tem remédio, gozando a política de uma insanidade muito maior. Com tudo isto pretendo dizer que em Portugal, à semelhança do que acontece em Espanha, a mentira é um pecado venial e perfeitamente corrigível - uma situação completamente diferente da que se vive no mundo anglo-saxónico.
Concluindo e resumindo, vamos deixar de perder tempo a descobrir se o senhor Sócrates é, ou não, engenheiro. Como sou espanhol consigo perceber perfeitamente o cariz jocoso do assunto. Zapatero, por exemplo, que tem a sua licenciatura em Direito perfeitamente acreditada, passou vinte anos como deputado em Madrid a carregar num botão – SIM ou NÃO. Apesar deste ‘curriculum vitae’ espectacular hoje é, infelizmente para o país, o primeiro-ministro de Espanha. Percebo perfeitamente que esta seja uma situação difícil de aceitar por todas as pessoas honestas, mas bastante melhor preparadas, que desejariam ter um timoneiro bem mais capaz. ‘But it’s life’. Em Portugal, o facto irrefutável é que Sócrates é o primeiro-ministro. Deve ser julgado pelos seus actos, deixando de lado os seus títulos académicos. Portugal tem inúmeros desafios pela frente e vai passar muito tempo, caso se dedique a vencê-los, até que voltem a conjugar-se circunstâncias tão propícias e favoráveis: um Governo de maioria absoluta, um primeiro-ministro extremamente popular, uma oposição muito frágil e um país convencido – se bem que ainda reticente e preocupado –, da necessidade de reformas. Catolicamente falando, seria um pecado capital que Sócrates incorresse na passividade, na indolência, no comodismo e no pragmatismo.
Portugal é um país muito pequeno, com uma grande história, que navega entre duas águas. Uma é a que reflecte o recente relatório de Vítor Constâncio, o Governador do Banco de Portugal, estimulando a ambição reformista, destacando as deficiências da economia e da sociedade portuguesa – no mercado laboral, na educação, na Administração Pública. No outro lado encontra-se o sindicalismo comunista rançoso, a resistência à mudança profunda de Portugal, e quem sabe se do pragmatismo calculista do socialismo de Sócrates, talvez mais dependente de governar durante os próximos quatros anos do que aproveitar os que ainda lhe restam. Seria uma pena."
Miguel Angel Belloso, Ex-director do “Expansión”
in Diario Economico
P.S. 1 - Para contextualizar este artigo note-se que Miguel Angel Belloso é assumidamente de direita (possivelmente, da dita direita "conservadora", "ultra-liberal" e "reaccionária"). O artigo suscitou algumas fortes reacções contrárias por parte de alguns cibernautas que podem ser lidas aqui
24.4.07
19.4.07
Messi: Que homenagem a Maradona!!!
Golo fenomenal a fazer lembrar o de Maradona à Inglaterra no Mundial de 1986 no México.
Vale a pena ver e rever!
Vale a pena ver e rever!
25 anos depois...
Já há vários meses que Pinto da Costa, acossado pelo processo do apito, não exerce de facto o cargo de presidente do FCP. Onde antigamente se viam declarações contundentes caso a equipa fosse prejudicada ou manifestações públicas de apoio a treinadores e jogadores aquando das derrotas, agora não se vê nem se ouve nada, apenas e só silêncio. Como é da praxe e das leis da bola, isto é irrelevante desde que se ganhe, mas e se a coisa acabar por correr mal?
Quanto à vida pessoal de PC ela não deve, por definição, ser chamada a este tipo de comentários mas a verdade é que foi ele próprio a misturar as coisas quando entendeu transformar a sua grande paixão Dona Carolina em putativa primeira dama do clube (com os resultados que se conhecem). Assim sendo, e quando vejo noticiado o suposto casamento de PC com uma nova grande paixão (na pele de uma "empresária" brasileira 43 anos mais nova que ele) não posso deixar de me interrogar primeiro sobre possíveis consequências para o clube e segundo sobre o estado de lucidez do homem.
Por estas razões, parece-me que esta ideia até poderia ter alguma lógica.
p.s.- curioso é que PC, à cautela, só a tenha verbalizado no dia anterior à data limite de entrega das listas...
Quanto à vida pessoal de PC ela não deve, por definição, ser chamada a este tipo de comentários mas a verdade é que foi ele próprio a misturar as coisas quando entendeu transformar a sua grande paixão Dona Carolina em putativa primeira dama do clube (com os resultados que se conhecem). Assim sendo, e quando vejo noticiado o suposto casamento de PC com uma nova grande paixão (na pele de uma "empresária" brasileira 43 anos mais nova que ele) não posso deixar de me interrogar primeiro sobre possíveis consequências para o clube e segundo sobre o estado de lucidez do homem.
Por estas razões, parece-me que esta ideia até poderia ter alguma lógica.
p.s.- curioso é que PC, à cautela, só a tenha verbalizado no dia anterior à data limite de entrega das listas...
17.4.07
13.4.07
É isto o futuro da imprensa escrita?
Tal como muitos outros passei anos e anos a chamar espesso ao Expresso. Mesmo agora que ganhei o vício semanal da sua compra, a primeira coisa que faço é reciclar directa e mecanicamente metade do conteúdo do famoso saco de plástico. Hoje comprei o Público e para além do caderno principal temos o P2, o ípsilon, o imobiliário, o inimigo público, a economia, um suplemento de teatro, outro do indie lisboa e ainda a revista escolhas. Aproximadamente 900 g de papel o que tomando em linha de conta o preço de capa dá qualquer coisa como 0,139 cêntimos por grama de jornal.
Paul Wolfowitz, Presidente do Banco Mundial pede desculpas por ter promovido a namorada...
A humildade é uma coisa bonita e merece ser recompensada. Quase apetece dizer algo do estilo ok pá deixa lá isso, a gente sabe que o amor nos faz perder a cabeça e afinal de contas errar é humano.
O único problema, digamos pequenino problema, é que este senhor foi o principal arquitecto dentro da Administração Bush da teoria da guerra preventiva, e da teoria de que os iraquianos iriam receber os "libertadores" americanos com rosas, e da teoria do efeito dómino da "democracia" iraquiana sobre o resto dos países árabes. Alguns anos e muitos milhares de mortos depois, o Iraque está em processo de implosão e o Irão aproveitou o caos criado para estar em vias de possuir a bomba atómica. Curiosamente sobre isto não há registo de nenhum pedido de desculpas.
11.4.07
A entrevista.
Não tinha, até hoje, dado à minha opinião (pelo menos aqui no blog) sobre o caso da licenciatura de José Sócrates. Confesso que estava à espera de ouvir o que o homem tinha para dizer, de viva voz e em directo, sem comunicados ou acessores de imprensa pelo meio. A entrevista de hoje na RTP, que alguns irão certamente classificar ou pelo menos insinuar como sendo "arranjada" ou "escolhida" a dedo, foi conduzida por 2 dos meus jornalistas preferidos, insuspeitos de serem pressionáveis. Terminada a mesma, fico com estas sensações:
1-o PM demorou tempo a mais para vir a terreiro defender-se, dando azo a que se instalasse na sociedade uma certa desconfiança. Foi até algo penoso que aquilo que deveria ter sido uma análise de 2 anos de governação se tenha tornado em boa parte num "julgamento" com Sócrates como réu. As explicações dadas pareceram-me satisfatórias.
2-acho que Sócrates aproveitou certas facilidades dadas por algumas Universidades privadas para este, digamos, tipo de alunos (é aliás significativo que muitos deputados só tenham concluído os cursos já depois de chegarem à Assembleia). Talvez um plano de estudos menos exigente, talvez até exames mais fáceis. Não duvido que tenha sido esta a razão fundamental para que ele tenha escolhido a Uni e não vejo nisso nada de especialmente grave, dado que até à data não há uma única prova consistente de ilegalidade ou tratamento diferenciado em relação a outros alunos da mesma instituição.
3-num processo que vive de discrepâncias nos registos e nas declarações dos diferentes intervenientes, acho que é importante não esquecer que a história nasceu na blogosfera em 2005!!! e que o Público (da Sonae) só pegou nela alguns dias depois de o governo ter supostamente contribuído para o chumbo da OPA (da Sonae) sobre a PT. Também significativo é o facto de o mesmo Público (da Sonae) ter lançado uma notícia on-line, supostamente complicada para o PM, uns minutos antes da início da entrevista. (Acham que este parágrafo representa uma insinuação? Sim, sem dúvida, mas nem mais nem menos que a própria investigação sobre o caso. Limitei-me a constatar simples factos, que permitem interpretações mais ou menos crédulas.)
4-é absolutamente nojento que uns minutos após o fim da entrevista, Marques Mendes, em vez de criticar o desempenho do PM em áreas como o emprego, economia ou saúde, venha tentar cavalgar a onda exigindo uma "investigação por uma entidade independente".
p.s.- à laia de declaração de intenções, fica dito para quem ainda não saiba que eu votei em Sócrates e que acho globalmente positivo o saldo destes 2 anos de governo (apesar de ter sérias dúvidas sobre OTA's e TGV's...)
1-o PM demorou tempo a mais para vir a terreiro defender-se, dando azo a que se instalasse na sociedade uma certa desconfiança. Foi até algo penoso que aquilo que deveria ter sido uma análise de 2 anos de governação se tenha tornado em boa parte num "julgamento" com Sócrates como réu. As explicações dadas pareceram-me satisfatórias.
2-acho que Sócrates aproveitou certas facilidades dadas por algumas Universidades privadas para este, digamos, tipo de alunos (é aliás significativo que muitos deputados só tenham concluído os cursos já depois de chegarem à Assembleia). Talvez um plano de estudos menos exigente, talvez até exames mais fáceis. Não duvido que tenha sido esta a razão fundamental para que ele tenha escolhido a Uni e não vejo nisso nada de especialmente grave, dado que até à data não há uma única prova consistente de ilegalidade ou tratamento diferenciado em relação a outros alunos da mesma instituição.
3-num processo que vive de discrepâncias nos registos e nas declarações dos diferentes intervenientes, acho que é importante não esquecer que a história nasceu na blogosfera em 2005!!! e que o Público (da Sonae) só pegou nela alguns dias depois de o governo ter supostamente contribuído para o chumbo da OPA (da Sonae) sobre a PT. Também significativo é o facto de o mesmo Público (da Sonae) ter lançado uma notícia on-line, supostamente complicada para o PM, uns minutos antes da início da entrevista. (Acham que este parágrafo representa uma insinuação? Sim, sem dúvida, mas nem mais nem menos que a própria investigação sobre o caso. Limitei-me a constatar simples factos, que permitem interpretações mais ou menos crédulas.)
4-é absolutamente nojento que uns minutos após o fim da entrevista, Marques Mendes, em vez de criticar o desempenho do PM em áreas como o emprego, economia ou saúde, venha tentar cavalgar a onda exigindo uma "investigação por uma entidade independente".
p.s.- à laia de declaração de intenções, fica dito para quem ainda não saiba que eu votei em Sócrates e que acho globalmente positivo o saldo destes 2 anos de governo (apesar de ter sérias dúvidas sobre OTA's e TGV's...)
6.4.07
Post mete-nojo.
Hoje à noite, no São Rosas em Estremoz...
Com aquela peculiar noção de tempo e de calma que só o Alentejo transmite, vamos começar bem devagar e da melhor maneira possível, ou seja, pelo princípio, que neste caso são as entradas.
Falo-vos de farinheira assada, de chouriço alentejano e dos enchidos tradicionais de porco preto. Sei que também não resistiremos às amêijoas à Bulhão Pato, aos cogumelos com alho, às duas versões de omelete em textura superlativamente cremosa e às geniais gambas fritas panadas. Por esta altura já os nossos sangues estarão enriquecidos com um generoso vinho, provavelmente da região, naturalmente tinto e forçosamente bem encorpado, essencial para bem abrir o paladar e a alma a este verdadeiro ataque aos sentidos.
Se bem que contrariados , talvez saltemos a açorda de bacalhau ou a sopa de tomate, para deixar espaço suficiente nas entranhas para dignificar condignamente a magnífica secção de carnes. Escrevo já angustiado pela crueldade que será ter de escolher entre umas migas de pão com entrecosto e uma dose de lombinho fritos, isto sem falar das opções borrego ou rosbife. E os acompanhamentos, ouço-vos a salivar entre dentes?
Esparregado, batatinhas fritas às rodelas grossas, cebolinhas estufadas, cenourinhas com ervas, alho e vinagre, saladinha de tomate, etc...
Enfim, se a gula não nos tiver morto, esta será a altura em que faremos uma pausa para um mui raro cigarro, seguido de um café para recuperar forças antes de atacarmos as sobremesas. Há pudim-de-água de Estremoz, tarte tatin e outras coisas tais, mas aqui para nós eu inclino-me com um sorriso antecipado de puro extâse para o pão-de-ló de Alfeizerão. Se aqui chegado tiver bebido o suficiente para não me importar com a conta, provavelmente darei por encerrada a estadia com o precioso auxílio de um digestivo e de mais um café.
Depois, com o à vontade que só o álcool e a sensação da gula satisfeita podem dar, eu e a A. (que honra lhe seja feita fez finca-pé neste salto a Estremoz) saíremos para a praça central da cidade, onde a famosa Torre de Menagem se ergue imponente numa constante tentativa de alcançar o céu estrelado.
Com aquela peculiar noção de tempo e de calma que só o Alentejo transmite, vamos começar bem devagar e da melhor maneira possível, ou seja, pelo princípio, que neste caso são as entradas.
Falo-vos de farinheira assada, de chouriço alentejano e dos enchidos tradicionais de porco preto. Sei que também não resistiremos às amêijoas à Bulhão Pato, aos cogumelos com alho, às duas versões de omelete em textura superlativamente cremosa e às geniais gambas fritas panadas. Por esta altura já os nossos sangues estarão enriquecidos com um generoso vinho, provavelmente da região, naturalmente tinto e forçosamente bem encorpado, essencial para bem abrir o paladar e a alma a este verdadeiro ataque aos sentidos.
Se bem que contrariados , talvez saltemos a açorda de bacalhau ou a sopa de tomate, para deixar espaço suficiente nas entranhas para dignificar condignamente a magnífica secção de carnes. Escrevo já angustiado pela crueldade que será ter de escolher entre umas migas de pão com entrecosto e uma dose de lombinho fritos, isto sem falar das opções borrego ou rosbife. E os acompanhamentos, ouço-vos a salivar entre dentes?
Esparregado, batatinhas fritas às rodelas grossas, cebolinhas estufadas, cenourinhas com ervas, alho e vinagre, saladinha de tomate, etc...
Enfim, se a gula não nos tiver morto, esta será a altura em que faremos uma pausa para um mui raro cigarro, seguido de um café para recuperar forças antes de atacarmos as sobremesas. Há pudim-de-água de Estremoz, tarte tatin e outras coisas tais, mas aqui para nós eu inclino-me com um sorriso antecipado de puro extâse para o pão-de-ló de Alfeizerão. Se aqui chegado tiver bebido o suficiente para não me importar com a conta, provavelmente darei por encerrada a estadia com o precioso auxílio de um digestivo e de mais um café.
Depois, com o à vontade que só o álcool e a sensação da gula satisfeita podem dar, eu e a A. (que honra lhe seja feita fez finca-pé neste salto a Estremoz) saíremos para a praça central da cidade, onde a famosa Torre de Menagem se ergue imponente numa constante tentativa de alcançar o céu estrelado.
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