os quatro elementos da natureza os quatro pilares da sabedoria os quatro atributos do corpo os quatro cavaleiros do apocalipse

21.6.07

4 frames - 192 horas




Antevejo uma semana cansativa.

Inaugurações de museus. Lançamentos de albuns musicais. Contratações de última hora. Greves. Protestos. Debates na Assembleia. Objectores de consciência. Festas populares. Fogos para apagar. Trânsito nas horas de ponta na VCI e 2ª Circular.


E eu ali. muito cansado.

cheio de azul. cheio de luz. cheio de livros para ler. cheio de tempo. cheio de horizonte... Cheio de Alentejo!!! enfim...

20.6.07

Livro de Estilo.

Ponto prévio: A partir de agora e até aviso em contrário todos os meus posts vão terminar com o mais genuíno, corriqueiro e ao mesmo tempo despretensioso vocábulo que conheço...

Vem isto a propósito da melhor declaração de amor de sempre. Ainda a década de 90 mal tinha começado e andávamos nós a vegetar nos anos finais do secundário entretidos com gajas, futebóis e casos mais ou menos malinos de acne juvenil. O herói da história é um rapaz um pouco mais velho, um outsider vindo de terras transmontanas. Como características peculiares diga-se que usava botas de biqueira, cabelo quase rapado e que proclamava orgulhosamente a quem junto a ele passasse a sua condição de anarquista. Saltava à vista de todos que o rapaz estava embeiçado pela J., que tipicamente era a única que insistia em não ver ou em não querer ver a situação. Quando finalmente o rapaz ganhou coragem de afirmar o seu amor fê-lo da forma normalmente escolhida por um adolescente tipo, usando a mítica táctica do bilhetinho. Nesse pequeno pedaço de papel, contendo toda a intensidade dum sentimento tão forte como a paixão, apenas 4 palavras:

"Gosto de ti, porra."

15.6.07

Centro Custeiem o Benfica - CCB

Preocupa-me mais isto.
Que este senhor, que um dia lhe foi dada uma comenda, e que mal sabe falar português, enterre dinheiro no clube "dos seis milhões", é lá com ele. Agora, correr o risco de um dia chegar ao CCB, e ter que levar com um retrato do Eusébio com mil e uma cores, estilo Andy Warhol, isso é que não.

OPA



Sport Lisboa e Berardo

11.6.07

A Feira do Livro morreu...

Fui há dias à do Porto, quase por acaso e só porque dei comigo nas proximidades.
Tempos houve em que aguardava com alguma ansiedade este tipo de eventos que me serviam mais para conhecer novos autores e novas editoras do que propriamente para poupar alguns tostões. No entanto, desde que a feira abandonou os jardins e se passou a realizar no interior do Palácio que algo mudou. Por contraponto à memória (talvez pouco real?) de estar com agrado na feira e até de lá ir mais do que uma vez, agora a sensação predominante é um desconforto avassalador que começa logo à entrada, onde a péssima refrigeração do ambiente se soma à pequenez dos corredores. Presumo que seja para contrariar o imediato impulso de fugir que a organização coloca a porta de saída do lado oposto, literalmente obrigando o visitante a atravessar toda a exposição. Enfim, no meio de muitos encontrões e tipo sardinhas em cardumes sobrepovoados lá se vai fazendo o caminho. As paragens são necessariamente poucas, o tempo e a vontade de folhear livros ou conversar com os expositores é quase inexistente e o final da experiência é recebido com um suspiro de alívio. Duvido muito que alguém no seu perfeito juízo goste disto, por mais que adore livros ou que tenha algum interesse nas conferências que por lá se vão promovendo.
Contrariamente ao que há anos se ouve por aí não acho que o problema esteja só no modelo mas também no tipo de espaço em que se organiza um evento assim. E não falo só de ser ao ar livre para que se possa respirar. Falo também de criar espaços amplos, zonas de escapatória, diversas entradas e saídas que permitam fluir de forma menos condicionada. E porque não acrescentar zonas de chill out, esplanadas dignas desse nome para tornar a visita mais agradável?
É que caso contrário porque carga de água é que havemos de ir aos 15 dias de feira do livro se temos uma FNAC disponível o ano inteiro?

p.s. 1 - ouvi dizer que uma das vantagens da terraplanagem que fizeram na Praça da Liberdade seria a possibilidade de organizar coisas deste estilo. Caso não esteja demasiado ocupado com as suas corridas de automóveis seria óptimo que Rui Rio conseguisse concretizar essa ideia.

p.s. 2– mesmo irritado, suado e apertado não resisti a aproveitar alguns preços baixos e para além de uns livros para o J. acabei por comprar 2 para mim:
- Casei com um comunistaPhilip Roth
- Meridiano de sangue ou o crepúsculo vermelho no oesteCormac McCarthy

Ah, Glorioso, no futsal é que vai ser...


Não admira que o homem só abra a boca para falar no apito dourado...

8.6.07

A teoria da evolução.

Há quem diga que o traço marcante da raça humana é a capacidade de rir. Ontem chamaram-me a atenção para algo bem mais interessante: a nossa propensão para sentirmos orgulho nos maus cheiros que conseguimos por vezes produzir.

7.6.07

Não há pai para nós...

No dia 17 de Junho o Parque dos Poetas em Oeiras vai acolher aquela que pretende ser a maior concentração de grávidas de todo o sempre, com o assumido objectivo de entrar para o Livro do Guinness.
Não contentes com a honra de já possuirmos recordes de inegável prestígio como o dos maiores chifres do mundo, a mesa mais comprida, o reinado mais comprido e também o mais curto, o maior copo de vinho, bouquet de noiva, canivete, camisola, sobreiro, o realizador mais velho e aquele que é o meu preferido: a maior perda moderna da capacidade de agricultura (!!), enfim, dizia eu que não contentes com estas marcas de inigualável génio lusitano temos agora uma organização com o sugestivo e digamos a modos que algo enjoativo nome barrigas de amor a promover esta bela concentração.
Provavelmente vão ter t-shirts e porta-chaves e canecas e bonés e outros bonitos produtos de merchandising, tudo em rosa ou azul marinho conforme o sexo dos pimpolhos.
Parece-me muito boa ideia. Afinal o que é que motards, fãs do star trek ou ex-companheiros de antigos batalhões das guerras coloniais têm a mais que as grávidas?
Para evitar o caos, só faço votos para que se lembrem de ter por lá muitas casas de banho...


p.s.- Quanto ao aumento das taxas de natalidade, cheira-me que vamos continuar a apostar nos imigrantes. Afinal não é suposto serem eles a fazer os trabalhos que os portugueses não querem?

6.6.07

Sugestão



Uma história negra e dura, pouco aconselhável a estômagos mais sensíveis.

Um dos melhores livros que li nos últimos anos.



Logótipos


bom.


mau.

3.6.07

...

Para a maioria dos tipos que como eu tenham nascido e sido criados no Porto, o orgulho nas coisas boas da cidade é um sentimento quase inato que nos toma de assalto sem o cuidado polido dos avisos prévios e logo que cambaleando damos os primeiros passos e abrimos os olhos para o que nos rodeia.
No meu caso e com o passar dos anos este sentimento foi-se modificando, perdendo aquele componente grunho e bacoco do regionalismo futebolóide, mas sem nunca verdadeiramente esmorecer.
Podia falar daquela luz cinzenta enevoada que por vezes parece cobrir a cidade ou do labirinto tortuosos de ruas e ruelas onde séculos de história nos espreitam a cada esquina. Ou talvez encher linhas e linhas de texto acerca da alma tripeira e suas peculiaridades. Resisto contrariado a debruçar-me longa e fastidiosamente sobre as francesinhas e as tripas à moda ou a adjectivar superlativamente a Ribeira, o Parque da Cidade, a Casa da Música e a Foz.
Este post serve apenas para dizer que este fim de semana serviu para confirmar algo que já sinto há muitos anos: Serralves, com a sua fundação, museu e acima de tudo com aquele parque fabuloso, é o meu sítio preferido, tanto assim que sempre que lá vou saio com a alma lavada e com uma sensação, infantil eu sei, de orgulho.
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