Periodicamente, e quando a inspiração para abordar outros temas falha, volto aos meus ódios de estimação. Dito assim, admito que quem me conheça fique sem saber o tema deste post, porque eu sou de facto um gajo hiper-crítico e inclusivamente já ouvi alguém que me conhece bem dizer que nunca te ouvi dizer bem de ninguém, o que mesmo não sendo 100% verdade, me fez ponderar a minha postura perante o mundo que me rodeia.
Devidamente ponderada a postura e apesar de diversas tentativas de passar a ver os copos meio cheios, decidi não me conter, até porque medicamente não é bom guardar tanto fel cá dentro. Hoje, vou novamente falar dos Bush.
Tudo isto a propósito de um encontro de alto nível sobre SIDA/HIV, que se vai realizar na próxima semana nas Nações Unidas, para avaliar a evolução da situação desde a sessão especial da Assembleia Geral da ONU em 2001, sobre este mesmo tema.
Ora, a preguiça leva-me a não perder tempo a procurar estatísticas que permitam pintar um quadro mais real da pandemia, mas acho que é seguro dizer-se que temos ido de mal a pior.
Na África subsariana, tal como em alguns países asiáticos, o número de infectados não para de crescer. No mundo Ocidental, e apesar de impressionantes campanhas mediáticas de informação sobre a doença, não há uma alteração significativa de comportamentos de risco (como se comprova pela baixa taxa de utilização de preservativos) e pior ainda, começa a correr em sectores (felizmente minoritários) a noção da SIDA como simplesmente mais uma doença crónica com a qual se vive como se fosse uma diabetes ou uma hipertensão.
Bom, mas voltando aos Bush, ficarão certamente tão impressionados como eu fiquei por saberem que a delegação dos EUA (47 elementos) vai ser liderada pela 1ª dama a Exma. D.Laura. Só com esta informação, qualquer pessoa poderia dizer que isto seria uma forma de dar relevância política e mediática a este encontro. Mas Laura não vai sózinha. Com ela na comitiva oficial estarão também notáveis especialistas no tema como a sua filha Barbara, mais versada em álcool e festanças, e uma amiga dela cujo única característica marcante é ser por sua vez filha de um amigo de George W. Mas ainda há mais. A marcar a ideologia conservadora dos Bush e a sua versão do que deve ser o combate a este flagelo, estarão vários elementos que defendem a educação para a promoção da abstinência como o único caminho a seguir, contrariando não só o senso comum e os especialistas no fenómeno como também a própria declaração da AG da ONU de 2001.
Não sei se quem virá a seguir será muito melhor, mas já não há pachorra para esta família.
notícia tirada de: the nation.
os quatro elementos da natureza os quatro pilares da sabedoria os quatro atributos do corpo os quatro cavaleiros do apocalipse
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