Hoje à noite, no São Rosas em Estremoz...
Com aquela peculiar noção de tempo e de calma que só o Alentejo transmite, vamos começar bem devagar e da melhor maneira possível, ou seja, pelo princípio, que neste caso são as entradas.
Falo-vos de farinheira assada, de chouriço alentejano e dos enchidos tradicionais de porco preto. Sei que também não resistiremos às amêijoas à Bulhão Pato, aos cogumelos com alho, às duas versões de omelete em textura superlativamente cremosa e às geniais gambas fritas panadas. Por esta altura já os nossos sangues estarão enriquecidos com um generoso vinho, provavelmente da região, naturalmente tinto e forçosamente bem encorpado, essencial para bem abrir o paladar e a alma a este verdadeiro ataque aos sentidos.
Se bem que contrariados , talvez saltemos a açorda de bacalhau ou a sopa de tomate, para deixar espaço suficiente nas entranhas para dignificar condignamente a magnífica secção de carnes. Escrevo já angustiado pela crueldade que será ter de escolher entre umas migas de pão com entrecosto e uma dose de lombinho fritos, isto sem falar das opções borrego ou rosbife. E os acompanhamentos, ouço-vos a salivar entre dentes?
Esparregado, batatinhas fritas às rodelas grossas, cebolinhas estufadas, cenourinhas com ervas, alho e vinagre, saladinha de tomate, etc...
Enfim, se a gula não nos tiver morto, esta será a altura em que faremos uma pausa para um mui raro cigarro, seguido de um café para recuperar forças antes de atacarmos as sobremesas. Há pudim-de-água de Estremoz, tarte tatin e outras coisas tais, mas aqui para nós eu inclino-me com um sorriso antecipado de puro extâse para o pão-de-ló de Alfeizerão. Se aqui chegado tiver bebido o suficiente para não me importar com a conta, provavelmente darei por encerrada a estadia com o precioso auxílio de um digestivo e de mais um café.
Depois, com o à vontade que só o álcool e a sensação da gula satisfeita podem dar, eu e a A. (que honra lhe seja feita fez finca-pé neste salto a Estremoz) saíremos para a praça central da cidade, onde a famosa Torre de Menagem se ergue imponente numa constante tentativa de alcançar o céu estrelado.
os quatro elementos da natureza os quatro pilares da sabedoria os quatro atributos do corpo os quatro cavaleiros do apocalipse
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1 comentário:
porco!
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