os quatro elementos da natureza os quatro pilares da sabedoria os quatro atributos do corpo os quatro cavaleiros do apocalipse

9.7.06

O Mundial.


Acabou. Parabéns à Itália, à bela Itália, pelo mais
que merecido tetracampeonato. Porque tem Cannavaro
e Pirlo (a quem alguns portugueses, idiotas iletrados com o pomposo título de especialistas da bola, insistem em chamar Pilro!!!).
Porque nos proporcionou o melhor momento do mundial
(o prolongamento contra a Alemanha). E porque a França não merecia ganhar, depois daquela demonstração de cinismo e catennacio na 2ª parte contra Portugal.


Acabou. De forma pouco coerente com a brilhante carreira que teve, o melhor jogador do mundo da última década despediu-se com uma cabeçada (aliás bem dada e também ela merecida), à moda do Cais de Sodré.





Quanto ao nosso mundial, cá ficam ao correr da pena algumas notas:
-Scolari mostrou que é de facto um motivador por excelência e um bom treinador de selecções. A boa performance merece ainda mais relevo porque foi conseguida com erros tão óbvios como a titularidade absoluta de Pauleta (quase sempre um jogador a menos tal como no Euro 04), a insistência jumenta em Postiga (um desastre) e em Costinha (a anos luz do que já foi capaz) em detrimento de Nuno Gomes e Petit, a opção de recurso em usar Ronaldo no meio literalmente apagando-o do jogo, a convocatória de Boa Morte (que terá sido seleccionado por saber boas
anedotas, tocar viola e cantar de cor as músicas do Roberto Leal, isto tendo em conta o tempo de jogo que teve e a falta de jeito que tem). Acho que Scolari deve continuar porque os resultados assim o exigem e porque seria difícil neste momento alguém que não ele pegar com sucesso na selecção. Continuar seria uma prova de alguma coragem tendo em conta a inevitável renovação de valores que está aí ao virar da esquina.
-Ricardo, que no dia do Portugal-Inglaterra me pareceu o melhor jogador do mundo apesar da voz de miúdo a quem os huevos ainda não desceram e da mania de falar de si próprio na 3ª pessoa, Figo, que mesmo sem pernas para 90 minutos lutou o que pôde, Costinha, Pauleta e outros, que sugeriram várias vezes que criticar a selecção era igual a não quer que Portugal ganhásse, deviam lembrar-se que são apenas jogadores de futebol numa competição desportiva.
Tal como todos os demais numa sociedade democrática (incluindo até o Presidente da República) também eles não têm um especial direito divino a pairar acima da crítica num
qualquer limbo de unanimismo bacoco. Eu por mim dispenso bem pseudo-lições de patriotismo, que diga-se de passagem não se mede pelo número de bandeiras que se põem nas janelas ou pelo número de camisolas da selecção nacional de futebol que se compram no continente.

3 comentários:

wolverine disse...

É por demais ridículo que a FIFA tenha atribuído o título de melhor jogador a Zidane, não só porque quer Cannavaro quer Pirlo eram na minha opinião mais merecedores (pela qualidade e regularidade ao longo dos 7 jogos efectuados) mas também porque aquela paragem cerebral que levou à agressão a Materrazi não pode ser simplesmente ignorada.
Falam incessantemente de fair-play e depois cometem erros destes...

corto maltese disse...

Apoiado, apoiado..."clap,clap"

... se bem que "eles" não deixaram jogar o Mantoras, senão...

Já agora, não sei se repararam mas ontem, na apoteótica chegada dos quase-irredutíveis-portugueses, ao estádio de oeiras, houve pelos menos dois motivos a destacar:
O primeiro foi notória presença de adeptos do F. C. Porto, pela quantidade de vezes que foi sendo repetido nas bancadas o grito de: "Campeões... Campeões"; O segundo foi o de ouvir o Rôberrto Leau, a cantar o que segundo o narrador televisivo, era o hino nacional português.

wolverine disse...

pelo que vi nas notícias acho que aquele "trenzinho" dançante também merece destaque...
pão e circo, caro corto, mesmo 2 mil anos depois dos romanos, continuamos agarrados a pão e circo...

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