os quatro elementos da natureza os quatro pilares da sabedoria os quatro atributos do corpo os quatro cavaleiros do apocalipse

17.2.06

Chover no molhado

Domingo de manhã, em todas as televisões do país, a Irmã Lúcia ou melhor dizendo o seu caixão. Mesmo cometendo o pecado de ser relapso e contumaz e porque a carne é de facto fraca não resisto a voltar ao tema. Ouço que perto de 250 mil pessoas estarão em Fátima para assistir em directo a este momento. Já imagino a poderosa imagem televisiva que 250 mil mãos a abanar o seu lençinho branco à passagem do cortejo transladatório (?) nos irão proporcionar. Já imagino até a possibilidade de rever aquele desaparecido, aquele ícone de todos os portugueses bem formados o artista anteriormente conhecido como Paulinho das feiras a reaparecer com o seu ar tão compungido quanto humanamente possível e talvez de lágrima não caída mas adivinhada ao canto do olho. Já se posicionam as barraquinhas para venda de medalhas e imagens comemorativas do evento, talvez até t-shirts a dizer eu estive lá.
Já passou 1 ano. Já foi chorada, lembrada e enterrada uma vez. Ninguém morre duas vezes. Se a irmã Lúcia escolheu, honra lhe seja feita, viver sempre de forma recatada, será necessário este exagero/histerismo mediático? Quanto dinheiro não ganhará com isto o santo Santuário? Mistérios da fé...

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