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29.1.06

Não à discriminação?

Caro Wolverine,

Se o post anterior não estivesse assinado, não acreditava que tivesses sido tu o autor... Quando comecei a ler pensei que irias pegar num tema sério e ... falar a sério ... mas devo dizer que fiquei surpreendido com a forma vulgar como abordaste o tópico.

Pensei que irias argumentar acerca da urgência do tema da legalização do casamento entre homosexuais, e que quererias chamar a atenção para a causa da Lena e da Teresa... ou, pelo contrário, que irias ridicularizar o acto demagógico de 2 meninas que de inocentes devem ter pouco e que apenas pretendem (re?)lançar o debate sobre o dito tema (estando implícito que depois da primeira batalha, se seguiria uma outra referente à possibilidade dos homossexuais adoptarem crianças)... Na realidade o que li pareceu-me uma brincadeira algo confusa e de gosto duvidoso...

Fiquei sem perceber se és realmente a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo ou não... A certo ponto afirmas que apoias a causa da Lena e da Teresa, mas logo de seguida acrescentas que casamento entre 2 homens nem pensar porque os "paneleiros te dão arrepios e náuseas"?... O argumento de que o casamento entre pessoas do mesmo sexo deve ser um direito válido apenas para as mulheres é sem dúvida inovador... mas escapou-me o seu racional... Também não percebi de que forma as imagens que colocaste ajudam na discussão...

Confesso que fiquei sem perceber se o que escreveste reflecte realmente o que pensas (acho que não!), ou se estavas apenas a tentar ser engraçado...

Para esclarecer a minha posição, devo dizer que sou 100% a favor do casamento entre homosexuais... Penso que é um direito que lhes assiste sobre o qual eu não tenho nada que interferir... Mas no que respeita à possibilidade de casais gays adoptarem crianças, sou totalmente contra, pelo mesmo princípio... é que neste caso a sua liberdade interfere com a liberdade/vida dos outros (leia-se das crianças).

Aqui entre nós, confesso-te que fico perplexo com os frequentes desabafos e piadas sobre os "paneleiros, e os rabos, e os ...". Na verdade, já ouvi desabafos homofóbicos de colegas do trabalho (desde administrativos a directores), colegas do MBA, amigos, familiares, ricos, pobres, com maior educação, sem grande educação, citadinos, rurais, portuenses, lisboetas, portugueses, não portugueses, etc. ... parece-me uma fobia reveladora de um certo atavismo social/cultural, mas quem sabe se sou eu que estou enganado...

Escrevo estas linhas para colocar o tema sob uma perspectiva mais séria, que eu acho que ele merece... e, também, para te dar uma hipótese de te defenderes (que eu sei que vais fazer) e te redimires das leviandades que escreveste... ou, pelo contrário, argumentar porque é que eu estou a ver mal a coisa...

Aquele abraço

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