Já ouvi várias vezes a tese de que quem não viu jogar equipas como o Brasil de 1970 e 1982, a "Laranja Mecânica" de Cruyff, ou jogadores como Pelé e Eusébio não sabe o que é bom futebol.
Já ouvi essa mesma tese ser aplicada a Muhammed Ali no boxe, a Fangio no automobilismo, a Eddie Mercks no ciclismo, a Rod Laver no ténis, a Wilt Chamberlain no basket.
Pois bem, eu, que estou naquela fase da vida em que somos jovens para os que nos vêem de cima e já pró cotas para os que nos vêem de baixo, não tive o privilégio de ver nenhum destes monstros sagrados. Mas, mesmo assim, não acho que tenha ficado a perder.
Vi o incomparável Diego Armando Maradona de 1986, vi Michael Jordan, vi Schumacher, vi Lance Armstrong. E virando a agulha para o desporto que mais pratiquei na vida, posso dizer com orgulho, que vi jogar "Pistol" Pete Sampras, o tenista que mais títulos de Grand Slam conquistou (14).
Mas nos últimos anos temos assistido ao aparecimento de um novo campeão, um rapaz suíço, simpático e introvertido, chamado Roger Federer, que se tem imposto no circuito mundial de uma forma que raia as fronteiras do impossível. Num desporto em que não há companheiros de equipa que possam disfarçar maus momentos de forma, os últimos 3 anos têm sido completamente dominados por ele. Com um registo anual de derrotas que se contam pelos dedos de uma só mão, com títulos ganhos em todas as superfícies do jogo, e principalmente com o absurdo recorde de 7 finais de torneios de Grand Slam - 7 vitórias, Federer parece estar (aos 24 anos) a caminho daquele patamar de imortalidade a que só os verdadeiramente grandes podem aspirar.
Pelo prazer que me dá vê-lo jogar, fica o registo e a homenagem.
os quatro elementos da natureza os quatro pilares da sabedoria os quatro atributos do corpo os quatro cavaleiros do apocalipse
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